Alergia a cacau existe? Especialista explica

Alimentação Bem-estar
08 de Abril, 2022
Alergia a cacau existe? Especialista explica

As alergias e intolerâncias alimentares afetam muitas pessoas. As mais comuns geralmente são causadas por alimentos como ovo, glúten, leite, frutos do mar e castanhas. Mas com a Páscoa chegando, também é preciso prestar atenção na alergia a cacau, um ingrediente muito presente na data.

Alergia a cacau existe?

De acordo com a médica alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP), Dra Brianna Nicolletti, essa condição pode acontecer. Contudo, é menos comum do que as reações provocadas por outros ingredientes presentes no chocolate. “Alergias a castanha, noz, macadâmia, amendoim, ovo, soja, trigo e leite são bem mais frequentes que a alergia a cacau. Estes, sim, são ingredientes presentes no chocolate, dependendo de sua marca, e podem estar envolvidos em casos de crises”, explica a alergista.

Por isso, se você é alérgico, é preciso ler com atenção os rótulos dos ovos de Páscoa e outros produtos típicos antes de consumi-los.

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Diferenças entre alergia e intolerância

A especialista lembra, ainda, que a alergia alimentar é uma resposta imunológica anormal do organismo que ocorre após a ingestão e/ou o contato com um determinado ingrediente. “É a perda (por algum motivo) do que chamamos de mecanismo de ‘tolerância’ ao alimento. E existe, sim, uma relação com hábitos de vida e consumo maior de alimentos processados, assim como uma tendência genética, familiar”, conta.

Por outro lado, “a intolerância alimentar é um processo secundário à deficiência da enzima responsável pela digestão do alimento e, também, pode acontecer por inflamação da mucosa intestinal. Assim, surge a dificuldade de absorção do alimento e, por consequência, aparecem os sintomas da intolerância, como cólicas, vômitos, dores de cabeça, entre outros”, exemplifica a médica.

No caso do chocolate, a intolerância, muitas vezes, está ligada ao açúcar do leite (a lactose). Isso porque o composto precisa da enzima chamada lactase para sua assimilação. A médica deixa, ainda, um conselho: “neste momento de maior consumo de chocolate, não fique na dúvida se pode comer ou não. Vale a investigação para evitar a restrição”, finaliza.

Fonte: Dra Brianna Nicoletti, médica alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP), associada à Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia e integrante do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e da equipe de Qualidade da UnitedHealth Group.

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