Saturação de oxigênio: saiba a importância do exame
A saturação de oxigênio é bastante utilizada em avaliações de triagem nos hospitais e unidades de pronto atendimento. De acordo com Livia Fernandes Monteiro, médica pneumologista do hospital Icaraí, em Niterói (RJ), o exame informa a quantidade de oxigênio no sangue, que avalia se as hemoglobinas estão transportando o oxigênio de forma eficaz.
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Por que a saturação de oxigênio é útil?
Trata-se de um indicador importante para diagnosticar determinadas doenças, sobretudo quando é realizada em conjunto com a medição da frequência cardíaca, temperatura e pressão arterial durante uma pré-avaliação em hospital. Dessa forma, se o indicador estiver abaixo de 95%, é sinal de que o indivíduo está com pouquíssima oxigenação derivada de problemas de saúde. A princípio, podem ser:
- Asma.
- DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).
- Enfisema.
- Covid-19.
- Pneumonia.
- Embolia pulmonar.
- Fibrose cística.
- Insuficiência cardíaca.
Além disso, a baixa saturação de oxigênio é capaz de mapear um quadro de anemia, quando associada a outros exames laboratoriais. Por isso, sua abrangência é essencial no checklist médico de diagnóstico. Especialmente em internações, seu uso é essencial para monitorar o progresso do tratamento.
Como interpretar a saturação de oxigênio
Monteiro reforça que a saturação deve estar sempre entre 95% e 100%, caso o indivíduo não tenha nenhum distúrbio relacionado às doenças citadas. Por outro lado, portadores de problemas crônicos, tais como DPOC e asma, normalmente possuem níveis inferiores e aceitáveis (caso a doença já seja diagnosticada e controlada).
Outra parcela da população que pode apresentar valores abaixo do normal são os idosos, pois é natural que a saturação decresça com o avanço da idade. Dessa forma, deve ser avaliada em parceria com outros exames.
E para os casos de Covid-19?
Durante a pandemia, a saturação de oxigênio se tornou mais conhecida entre a população, pois é um teste amplamente utilizado para a triagem de pessoas com suspeita de Covid-19. Porém, em uma situação grave da doença, o indicador pode acusar abaixo de 80%, um fator determinante para o processo de internação e intubação. Para os infectados que apresentam sintomas tratáveis em casa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o monitoramento constante da saturação de oxigênio. No entanto, se houver queda no indicador, é essencial buscar auxílio médico.
Sintomas da queda de saturação
Pessoas que sofrem uma queda brusca na saturação podem sentir os desconfortos abaixo:
- Cefaleia (dor de cabeça).
- Batimentos acelerados.
- Tosse.
- Dificuldade em respirar normalmente.
- Confusão mental e tontura.
Formas de medir a saturação de oxigênio
Frequentemente, o meio utilizado é o oxímetro, um pequeno aparelho que é encaixado na ponta do dedo ou na mão, se o paciente for um bebê. O dispositivo possui uma tela que mostra o percentual da saturação. “Também é possível aderir à gasometria. Todavia, o método é invasivo, pois é necessária a amostra do sangue de uma artéria para a contagem baseada nos mesmos parâmetros do oxímetro”, finaliza Monteiro.
Fonte: Livia Fernandes Monteiro, médica pneumologista do hospital Icaraí, em Niterói (RJ).