Para os pais, não tem nada pior do que ver seus filhos doentes. Porém, muitas doenças consideradas “de adultos” também podem, infelizmente, atingir os pequenos. É o caso do resfriado em bebês, que é mais comum do que muitas pessoas imaginam. Isso acontece porque o sistema imunológico deles ainda não está totalmente desenvolvido, tornando-os mais vulneráveis a doenças comuns, como gripes e resfriados.
Prova disso é que crianças de até dois anos ficam resfriadas cerca de seis vezes ao ano, enquanto nos adultos esse número diminui para duas ou três vezes e, em idosos, cai para apenas uma vez ao ano. A boa notícia é que o resfriado em bebês não deve ser motivo de tanta preocupação, diferentemente da gripe, que deve ser tratada rapidamente sob o risco de evoluir para doenças mais graves como pneumonia, sinusite, encefalite e até mesmo miocardite, uma inflamação na região do coração. Confira agora os sintomas, tratamentos e como evitar o resfriado em bebês.
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Com sintomas parecidos, é normal surgir a dúvida: é gripe ou resfriado? Primeiramente, vale dizer que os resfriados são muito mais frequentes do que a gripe em bebês. Porém, a gripe também é comum, principalmente no inverno, quando de três a cada dez crianças são vítimas de algum tipo de gripe, como a Influenza A, B ou C, transmitidas facilmente de pessoa para pessoa. No caso dos bebês, por exemplo, é comum a transmissão em escolinhas ou creches.
Para saber identificar a diferença entre resfriado e gripe em bebê, deve-se analisar os sintomas. Dessa forma, a gripe deixa a criança mais prostrada, com febre, congestão nasal, coriza e tosse com secreção. O resfriado, por sua vez, gera coriza, espirros, tosse seca e a criança, geralmente, não perde a disposição.
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Alguns dos sintomas mais comuns do resfriado incluem dor de garganta, coriza, obstrução do nariz, espirros, tosse seca e febre de intensidade variável, geralmente mais alta em crianças com menos de cinco anos. Dependendo do tipo de vírus, também pode ocorrer diarreia.
Em bebês ainda em fase de amamentação, podem aparecer ainda outros sintomas, como inquietação, choro, falta de apetite, vômito, além de dificuldades para dormir e respirar causada pela obstrução do nariz. Em bebês maiores, dores de cabeça, nos músculos e calafrios também são comuns.
O resfriado em bebês dura pouco tempo, já que o período de incubação do vírus é de menos de dois dias. Sendo assim, os sintomas atingem o pico entre um e três dias após o contágio e podem permanecer entre sete a dez dias, embora alguns possam persistir por até três semanas, sendo que casos como esses ainda se encaixam dentro da normalidade de um resfriado comum.
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Não existe um antiviral eficaz para curar o resfriado em bebês. Por isso, o tratamento deve focar no alívio dos sintomas. Dessa forma, especialistas sugerem fazer repouso durante o período febril, hidratação e higiene constante e desobstrução do nariz com medicamentos indicados para esse fim. Também é indicado umidificar o ambiente. Além disso, o médico pode receitar um antitérmico e um analgésico. Aliás, aqui vale uma informação importante: jamais medique o seu bebê sem a prescrição de um especialista. Por isso, se o pequeno apresentar algum sinal de gripe ou resfriado, ele deve ser encaminhado ao médico.
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Diferentemente da gripe, ainda não há uma vacina para prevenir o resfriado no calendário de vacinação do Ministério da Saúde. Dessa forma, uma das maneiras é evitar sua transmissão, que geralmente é feita por meio de gotículas de saliva vindas de tosses e espirros, além do contato com mãos contaminadas. Por isso, escolinha, creche, supermercado, loja ou qualquer ambiente em que as crianças permaneçam por muito tempo representa risco e pode ser evitado, especialmente em períodos em que os casos estão em alta.
Outra forma de evitar o resfriado em bebês é o consumo do leite materno. Isso porque a composição dele previne 70% das infecções da primeira infância, graças aos anticorpos que passam de mãe para filho. Confira outras dicas para prevenir o resfriado em bebês: