Vacinas para crianças: quais são as principais?

Gravidez e maternidade Saúde
14 de Janeiro, 2022
Vacinas para crianças: quais são as principais?

O calendário de vacinação infantil inclui vários tipos de vacinas para as crianças. Graças à elas, hoje não ouvimos mais falar sobre casos de caxumba, rubéola ou paralisia infantil, por exemplo. Dessa forma, vacinar os pequenos com as doses recomendadas é fundamental, evitando assim problemas mais sérios no futuro. Isso porque as vacinas atuam no sistema imunológico, criando anticorpos e protegendo a saúde do bebê e da criança.

No Brasil, o Ministério da Saúde oferece gratuitamente um grande número de vacinas contra diversas doenças graves. No entanto, também é possível encontrá-las na rede particular. De qualquer forma, todos devem estar atentos ao calendário básico de vacinação para vacinar as crianças nas idades recomendadas. Confira agora as principais vacinas para crianças de acordo com a idade:

Leia mais: Vacinas da gestante: Como funciona o calendário de vacinação na gravidez?

Vacinas para bebês

Logo nos primeiros minutos de vida, os bebês já são vacinados com as doses únicas da BCG — famosa pela cicatriz no braço — e a da hepatite B. Confira como é o calendário vacinal para bebês de 0 a 12 meses:

  • Ao nascer: BGC e Hepatite B (dose única);
  • Dois meses: 1º dose do Rotavírus, Pentavalente (protege contra coqueluche, tétano, hepatite B, hemófilos influenza b e difteria), Poliomielite e Pneumocócica 13, preferencialmente, ou a 10 (protege contra doenças como meningite, pneumonia e otite);
  • Três meses: 1º dose da Meningocócica ACWY/C e Meningocócica B (protege contra meningite e meningococcemia);
  • Quatro meses: 2º dose da Rotavírus, Pentavalente, Poliomielite e Pneumocócica 13, preferencialmente, ou a 10;
  • Cinco meses: 2º dose da Meningocócica ACWY/C e Meningocócica B;
  • Seis meses: 3º dose da Pentavalente, da poliomielite e da influenza;
  • Nove meses: dose inicial da febre amarela
  • Doze meses: reforço da Pneumocócica 13, preferencialmente, ou a 10; 1º reforço da Meningocócica ACWY/C e Meningocócica B; 1º dose da Tríplice Tetraviral (protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e e 1ª dose da hepatite A.

Importante: Não é recomendado antecipar as vacinas do bebê, pois seu sistema imunológico é imaturo e precisa ter os meses completos indicados para cada dose.

Vacinas para crianças até 9 anos

A partir dos doze meses de vida, ou seja, quando a criança completa 1 ano, inicia-se a imunização contra doenças como sarampo, caxumba, rubéola e HPV. Além disso, a criança segue tomando reforços de imunizantes já tomados anteriormente, como o da Poliomielite e da febre amarela. Vale lembrar que os reforços são importantes para que os níveis de imunidade no corpo voltem a subir no organismo. Veja as principais:

  • Quinze meses: 1º reforço de difteria, tétano e coqueluche (DTP ou DTPa);  1º reforço hemófilos influenza b; 1º reforço da Poliomielite; e 2º dose da Tetraviral;
  • Dezoito meses: 2ª dose da hepatite A;
  • Quatro anos: 2º reforço da DTP; 2º reforço da vacina contra a poliomielite e 2º dose da vacina contra a febre amarela;
  • Cinco anos: 2º reforço da Meningocócica ACWY/C
  • Nove anos: duas doses da HPV.

Recentemente, a vacina contra Covid-19 foi liberada para crianças a partir de 5 anos. Para saber sobre as datas e distribuição dos imunizantes, fique atento ao calendário de sua cidade.

Leia mais: Vacina da Covid-19 em crianças: o que se sabe até agora?

Recomendações importantes sobre as vacinas

Agora que você já conhece as principais vacinas para bebês e crianças, confira outras recomendações importantes:

  • Não atrase as doses. Portanto, siga corretamente o esquema vacinal para garantir a imunização.
  • Guarde com cuidado o cartão de vacinação e deixe-o em mãos sempre que for vacinar a criança. Dessa forma, se houver alguma dose em atraso, o esquema vacinal poderá ser corrigido.
  • É normal que a criança apresente reações, como febre, cansaço, dor e vermelhidão local, por exemplo. Isto ocorre pois a vacina está estimulando a produção dos anticorpos e a defesa do organismo. Estas reações são geralmente transitórias e não fazem mal, apesar de serem incômodas;
  • Nem todas as vacinas estão contempladas no Plano Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. O calendário de vacinação infantil do SUS oferece 12 vacinas, que previnem mais de 20 doenças. No entanto, outras vacinas disponíveis nos serviços privados também são importantes e devem ser consideradas, caso seja possível;
  • É importante destacar que as vacinas não são necessárias apenas na infância. Os idosos, por exemplo, precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano. Já as mulheres em idade fértil devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês. Do mesmo modo, profissionais de saúde ou pessoas que viajam muito, por exemplo, também têm recomendações para tomarem certas vacinas.

Por fim, vale desmentir o mito comum de que as vacinas não podem ser tomadas em algumas situações, como quando a criança está desnutrida, tomando antibióticos ou internada num hospital por uma doença não grave. Pelo contrário: as vacinas podem e devem ser tomadas mesmo quando houver alguma dessas situações, enfatizam os especialistas da área de saúde.

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunologia

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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