Redinha de alimentação é recomendada e segura para bebês?

Alimentação Bem-estar Gravidez e maternidade Saúde
17 de Maio, 2022
Redinha de alimentação é recomendada e segura para bebês?

Pais e mães começam a enfrentar as delícias e os desafios da introdução alimentar a partir do sexto mês de vida do bebê. Esta época costuma ser regada a muitas pesquisas pela internet e diálogos com o pediatra, já que é esperado os diversos questionamentos sobre o assunto. Por exemplo, será que a redinha de alimentação é recomendada neste período?

A neonatologista Rossiclei de Souza Pinheiro defende que o acessório não é a melhor forma de trilhar o início da nutrição do bebê, já que é uma jornada que demanda mais do que o desenvolvimento do paladar do pequeno.

“Todo sensorial da criança deve ser estimulado na introdução alimentar. Ela deve poder tocar, sentir o cheiro e o gosto do alimento in natura. Assim, usar qualquer artifício vai interferir no processo. Além disso, algumas redinhas têm materiais que podem ser tóxicos”, completa a especialista.

Leia mais: Introdução alimentar: Como fazer e quais alimentos indicados

A rendinha de alimentação evita engasgos?

Há também o questionamento sobre a redinha ser uma das formas mais efetivas para evitar o engasgo. Isso porque acredita-se que ela delimita pedaços das frutas e dos legumes que o bebê conseguirá comer de uma vez só.

Só que não é isso o que acontece na prática. “É apenas mastigando os alimentos que a criança vai treinar a coordenação motora para deglutir e desenvolver mecanismos de defesa, como o de colocar para fora os alimentos que ela não dá conta de engolir (reflexo Gag)”, explica a neonatologista.

Leia mais: Método BLW: Como aplicá-lo na introdução alimentar dos bebês

Prejuízos aos bebês devido a redinha de alimentação

Além da parte motora ser afetada pela falta de estímulo quando as redinhas de alimentação são usadas, Rayane Ferreira, nutricionista clínica da BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo, mostra-se contra ao acessório por o alimento ser sempre apresentado da mesma forma por meio dele.

“É importante entender que o bebê não tem aversão somente aos sabores dos alimentos: às texturas também. Assim, a criança deve conhecê-los de diferentes formas, aumentando sua aceitação alimentar e estimulando seus sentidos”, informa Rayane.

A especialista também explica que fica mais fácil incluir novos sabores no cardápio do pequeno quando ele manuseia o alimento da maneira que prefere. Além disso incentivar a confiança de levá-lo até a boca e brincar com sua textura enquanto o mastiga.

Isso fará com que ele treine a musculatura bucal e desenvolva reflexos necessários para saber colocar para fora o alimento que não estiver dentro do que ele gosta e como evitar o engasgo sozinho.

De acordo com Rossiclei, há também o risco de infecções secundárias pela dificuldade de higienização das redinhas de alimentação e também os prejuízos na arcada dentária, já que muitos dos acessórios acompanham o formato de chupeta.

Fontes: Rossiclei de Souza Pinheiro, neonatologista e secretária do Departamento Científico de Amamentação da SBP e Rayane Ferreira, nutricionista clínica da BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo

Leia também:

mulher praticando atividade física ao ar livre e suando
Bem-estar Movimento

Suar emagrece? Entenda se a transpiração ajuda a perder calorias

Suar demais realmente significa que você está perdendo peso? Descubra

foto mostra uma xícara de chá vazia com paus de canela ao lado em cima de um prato
Alimentação Bem-estar

É termogênico e ajuda no equilíbrio da glicemia e do colesterol; veja benefícios do chá de canela

A bebida é uma ótima opção para esquentar o corpo — muitos afirmam, ainda, que ela emagrece

farinha de beterraba
Alimentação Bem-estar

Farinha de beterraba: benefícios e como incluir na dieta

Pode prevenir doenças cardiovasculares, melhorar o aporte de fibras e ainda ajudar a aumentar a performance esportiva