Queda de cabelo na gravidez: Por que ocorre? Saiba o que fazer
Os fios fazem parte da autoestima da maioria das mulheres, e a queda de cabelo na gravidez pode abalar a confiança da futura mamãe — ainda mais em um momento de tantas mudanças físicas e emocionais. No período da gestação, aliás, é mais comum que as madeixas fiquem mais fortes e cresçam mais rápido. Contudo, se você está perdendo mais fios do que o habitual, confira as possíveis causas e o que pode ser feito.
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As fases de crescimento do cabelo
Antes de compreender a queda, saiba que o cabelo tem suas fases de “vida”, que são três. A anágena (que é o seu crescimento), a catágena (de transição), e a telógena (de queda do fio). Em geral, as gestantes costumam sentir os cabelos mais bonitos e fortes devido a alterações hormonais que favorecem o ciclo do cabelo na fase anágena. Entretanto, no pós-parto, algumas mulheres se queixam da queda excessiva dos fios, novamente por causa da produção hormonal, que torna-se mais reduzida. Tal problema é chamado de eflúvio telógeno, cuja maioria dos fios experimenta a fase telógena de forma precoce.
E a queda de cabelo na gravidez?
Essa situação é mais rara, mas não deixa de afetar muitas gestantes. A culpa é dos hormônios — sim, eles de novo: isso porque a alta produção de progesterona pode enfraquecer os fios e torná-los quebradiços. Além disso, outras causas podem ser as responsáveis:
- Deficiência de nutrientes: por isso, é importante ter acompanhamento médico e fazer exames para verificar possíveis carências;
- Estresse: sabemos que as emoções ficam à flor da pele durante a gestação. Desse modo, a montanha-russa de sentimentos gera estresse e ansiedade, que aumentam a produção de cortisol e contribuem para o desequilíbrio do organismo em diversos aspectos. A queda de cabelo é um indicativo desse quadro;
- Doenças como diabetes gestacional, infecções e alterações na tireoide também podem ter a queda de cabelos como um sinal de alerta;
- Doenças do couro cabeludo e inflamações na região fazem parte de possíveis causas de uma queda anormal. Por exemplo, psoríase e dermatite.
Em todas as situações, o aconselhamento médico é essencial. Se possível, tenha uma rede de especialistas de diversas áreas — ginecologia, nutrição, dermatologia, endocrinologia — para ter um diagnóstico mais assertivo. Ter os exames em dia e seguir todas as recomendações profissionais ajudará a controlar o problema, seja ele qual for.
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O que não fazer em caso de queda de cabelo na gravidez
- Tomar vitaminas, suplementos ou qualquer medicamento por conta própria;
- Fazer dietas ou seguir algum programa alimentar sem orientação médica;
- Fazer procedimentos e tratamentos capilares que não tenham sido validados por seu médico (por exemplo, procedimentos químicos como alisamentos, ou tratamentos com a finalidade de fortalecer os fios com fórmulas que você não conhece);
- Pentear demais os cabelos;
- Prender os fios com muita tração.
Todas essas ações podem agravar a queda dos cabelos e ainda prejudicar sua saúde de outras formas, inclusive a do seu bebê. Tente ficar calma e não se preocupar ainda mais, pois lembre-se: o estresse é um fator importantíssimo não apenas para a queda capilar, como para o seu bem-estar em geral.
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Fonte: Ana Paula Mondragon, médica ginecologista e obstetra pela Faculdade de Medicina de Jundiaí e especialista em Medicina Fetal pelo Centro de Estudos Fetus, em São Paulo. Atende na Clínica Premium Life, em Santo André (SP).