Preços dos alimentos: cenoura, tomate e abobrinha foram os que mais subiram
Se você vai à feira toda semana, já deve ter reparado que alguns itens chegaram a até dobrar de valor nos últimos meses. Infelizmente, essa não é apenas uma impressão: de acordo com dados do IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial e divulgado pelo IBGE, o preço de certos alimentos realmente disparou nos últimos 12 meses, com a cenoura, o tomate e a abobrinha liderando a lista.
De acordo com especialistas, o fato ocorreu devido ao aumento dos combustíveis (gasolina, diesel e etanol). E, para piorar, a conta de luz e o gás de cozinha também subiram. Confira os ingredientes que mais foram afetados (somente alimentos, ordem decrescente):
- Cenoura: 195% de crescimento no preço;
- Tomate: 117%;
- Abobrinha: 86,83%;
- Café moído: 65%;
- Melão: 63,26%
- Repolho: 59,38%
- Melancia: 52,64%;
- Pimentão: 50,18%;
- Morango: 46,79%;
- Alface: 46,22%;
- Mamão: 40,33%;
- Batata inglesa: 38,68%;
- Açúcar refinado: 37,66%
- Brócolis: 31,23%;
- Óleo de soja: 30,1%;
- Couve-flor: 29,63%;
- Fubá de milho: 28,92%;
- Mandioca: 27,34%.
Alta no preço dos alimentos: alternativas
Diante de todas essas mudanças, os brasileiros agora têm o desafio de fazer substituições para economizar dinheiro, além de terem que evitar ao máximo o desperdício na hora de cozinhar. Confira, então, algumas dicas:
Compre vegetais que não foram tão impactados
Felizmente, podemos encontrar no Brasil uma variedade muito grande de frutas, verduras e legumes — e incluir diferentes ingredientes no cardápio é importante para garantir variedade nutricional.
Vale, então, apostar em itens que não foram tão impactados pela inflação. Outra dica é respeitar as sazonalidades, isto é, investir nos vegetais da época, que costumam ser mais baratos, nutritivos e até gostosos.
Priorize as refeições feitas em casa
Fazer as refeições em casa (ou, então, levar marmitas para o trabalho), além de reduzir o custo, pode ser melhor para a saúde, uma vez que você não cai na tentação de pegar uma coxinha no restaurante self-service ou de comprar um pastel na feira.
Isso porque ao participar da compra, do preparo e do armazenamento dos alimentos, suas escolhas serão mais equilibradas. “E para quem acha que a carne bovina fica muito ‘dura’ na marmita, pode consumir o ovo cozido. Lembre-se, além disso, de montar um prato bem colorido”, recomenda a nutricionista Dayse Paravidino.
Alta no preço dos alimentos: faça a lista do mercado e vá sem fome
Ir ao mercado com fome é a chave para comprar mais do que você vai consumir. Do mesmo modo, fazer compras mensais (e não semanais), aumenta o risco de deterioração dos alimentos perecíveis. Por isso, faça uma lista com apenas os itens que realmente estão faltando em casa.
Aproveite os alimentos por inteiro
Usar talos e folhas de vegetais, como os de beterraba, é um exemplo de aproveitamento integral da comida. “Partes pouco convencionais de alguns alimentos, tais como cascas de algumas frutas e de alguns legumes, podem ser incorporados à alimentação.
Mas retire apenas as partes comprometidas dos vegetais em vez de descartá-las integralmente. Desse modo, todas as propriedades nutricionais dos mesmos são mantidas, e o ato ainda contribui para evitar o desperdício”, diz Dayse.
Na hora de guardar os legumes e as hortaliças na geladeira, certifique-se de que eles estejam bem secos, pois isso aumenta a vida útil e evita a proliferação de micro-organismos.
Laticínios, como queijos ricota e minas, duram em torno de cinco dias se refrigerados, já os queijos mais duros, como o parmesão, por outro lado, aguentam mais tempo. Por fim, as carnes que não serão consumidas imediatamente após a compra devem ser acondicionadas adequadamente e congeladas.