Percentual de gordura corporal: qual é o ideal?

Saúde
28 de Julho, 2023
Percentual de gordura corporal: qual é o ideal?

Algumas pessoas têm a tendência de acumular mais gordura do que outras. E o excesso desse estoque pode significar problemas de saúde, como chances aumentadas de diabetes e condições cardiovasculares. Pensando nisso, será que existe um percentual de gordura corporal ideal? Saiba mais a seguir:

Composição corporal: percentual de gordura e massa magra

Primeiramente, vamos entender mais sobre a composição corporal: basicamente, profissionais da saúde dividem o nosso organismo entre “massa gorda” e “massa magra” a fim de avaliar os riscos com relação à saúde. Sendo:

  • Massa gorda: quantidade de gordura presente no corpo;
  • Massa magra: o restante que é livre de gordura, como órgãos, ossos e músculos.

“Existe um risco iminente à saúde quando o percentual de gordura encontra-se descompensado. Podemos dizer que, quanto maior o nível de gordura corporal, maiores são as chances de taxas elevadas de colesterol ruim (LDL) no sangue, ganho de peso acima do normal e doenças como obesidade, hipertensão arterial e acidente vascular cerebral (AVC)”, explica o profissional de educação física Guilherme Bispo Macedo, professor e coordenador do curso de Educação Física da Estácio.

Leia também: Diferenças entre massa muscular e massa magra

Existe um percentual de gordura corporal ideal?

O profissional afirma que esse número pode variar bastante, e depende de características individuais como sexo, idade, exercícios físicos, nível de condicionamento, doenças existentes, entre outras.

Mas, no geral, a quantidade de gordura corpórea ideal para mulheres fica entre 20% e 24%, e para homens fica entre 16% e 20% do peso total.

Como descobrir meu percentual de gordura corporal?

Diversos métodos permitem determinar o percentual de gordura corporal. Alguns deles não são simples, portanto, o ideal é pedir ajuda a um profissional capacitado. Veja exemplos:

Bioimpedância

Trata-se de um teste que avalia toda a composição corporal, incluindo os percentuais de gordura e massa magra – além do nível de água existente no organismo!

Ele é simples, rápido e indolor. Você só precisa subir no aparelho (uma espécie de balança), que ele irá fazer as contas por meio da passagem de uma corrente eletromagnética no corpo.

Leia também: Bioimpedância: entenda o que é e como funciona

Dobras cutâneas

Já este é um método tradicional, mas muito eficaz. Nele, o especialista mede as dobras de diferentes partes, como dos braços, das costas, das coxas, do abdômen… Ou seja, enquanto a bioimpedância analisa o percentual de gordura do corpo como um todo, as dobras cutâneas avaliam cada região separadamente.

Guilherme Bispo Macedo afirma que é uma ótima forma de dizer onde há maior ou menor estoque de gordura, o que permite identificar possíveis disfunções e compensações no movimento – com o intuito de reduzir lesões e buscar um corpo mais equilibrado. Segundo ele, essas disfunções podem ser geradas por fatores como:

  • Vícios posturais;
  • Músculos estabilizadores fracos;
  • Músculos com tensão excessiva;
  • Falta de flexibilidade.

“Esses problemas podem gerar dores em diversas regiões do corpo – joelhos, quadril e ombros, por exemplo”, complementa.

Índice de massa corporal (IMC)

Por fim, existe também o índice de massa corporal (IMC). “Ele faz uma correlação entre o peso e a altura ao quadrado. Isto é, deve-se dividir o seu peso [em quilogramas] por sua altura [em metro] multiplicada por ela mesma”, explica o professor. Para facilitar, veja a fórmula:

  • IMC = Peso ÷ (Altura × Altura).

O resultado é o seu IMC. Ele não deve ser o único utilizado para medir a sua saúde, uma vez que não leva em conta as individualidades (sexo, idade, etc). Mas pode servir como complemento a outros métodos e investigações do profissional. Geralmente, considera-se:

  • IMC menor que 18,5 – peso abaixo do normal;
  • IMC entre 18,5 e 24,9 – peso normal;
  • IMC entre 25 e 29,9 – sobrepeso;
  • IMC acima de 30 – obesidade.

Leia também: IMC: o que é, como calcular, tabelas e resultados

Fonte: Guilherme Bispo Macedo, professor e coordenador do curso de Educação Física da Estácio.

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