Hidrosadenite supurativa: inflamação atinge as glândulas sudoríparas

Saúde
09 de Fevereiro, 2022
Hidrosadenite supurativa: inflamação atinge as glândulas sudoríparas

A hidrosadenite supurativa, também conhecida como hidradenite e acne inversa, é uma doença crônica causada por uma alteração genética nas glândulas sudoríparas, que são as responsáveis pela produção do suor

O problema dessa anomalia é que ela entope o duto dessas glândulas, contaminando-as por bactérias e formando abscessos na pele. “Isso pode dar febre e evoluir para casos mais sérios e até assepssemia (infecção generalizada)”, complementa Abdo Salomão Jr, dermatologista.

Sintomas da hidrosadenite supurativa

A hidrosadenite supurativa atinge, particularmente as axilas, mas pode também acometer outras regiões do corpo, como virilha, abdome, ânus e nádegas. Isso porque essas partes costumam ficar mais abafadas e, assim, gerar mais suor

O sintoma clássico da doença são nódulos extremamente doloridos. Além disso, essas pequenas feridas ficam avermelhadas e inflamadas. Por sua aparência, há quem confunda esses caroços com furúnculos, no entanto, a hidrosadenite deixa cicatrizes na pele. Pode haver ainda excesso de suor, coceira e ardência no local atingido. 

Diagnóstico e fatores de risco

“O diagnóstico da hidrosadenite supurativa é clínico. O dermatologista observa os nódulos e não tem dúvida. Mas, se houver, pode solicitar uma biópsia, retirando um pequeno fragmento e mandando para analisar em laboratório”, explica Abdo. 

De acordo com o médico, o grupo mais suscetível a apresentar os sintomas da hidrosadenite supurativa são pessoas que sofrem com obesidade. “Nesses pacientes, existe uma compressão externa nas glândulas, que já têm a anomalia genética, então a chance de elas se entupirem e se infectarem é muito maior. Outros fatores de risco são algumas profissões que lidam com graxa e óleo e o uso de roupas muito apertadas.”

Sobre o tratamento, por ser uma doença crônica, os médicos receitam cuidados sintomáticos durante as crises, a partir do uso de antibióticos e anti-inflamatórios para tirar o paciente da fase aguda e melhorar sua qualidade de vida. “O tratamento mais definitivo é o laser. Há opções que resolvem o problema por anos e, em alguns casos, até de forma definitiva”, afirma Abdo. Em casos mais graves, o dermatologista pode orientar a realização de uma cirurgia que substitui a região que possui as glândulas alteradas por enxertos de pele saudável. 

Fonte: Abdo Salomão Jr, doutor em Dermatologia pela Universidade de São Paulo (USP), sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD). 

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