Entenda a fibrilação atrial, condição de Romulo Estrela
Romulo Estrela anda brilhando muito como um dos protagonistas da novela Travessia. Aos 39 anos e esbanjando muita disposição e saúde, pouca gente imagina que o ator já enfrentou uma condição cardíaca séria: a chamada fibrilação atrial. Assim, saiba mais sobre a condição:
Afinal, o que é a fibrilação atrial?
A fibrilação atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca. Nela, os batimentos cardíacos tornam-se irregulares e, muitas vezes, acelerados demais. Isso faz com que a quantidade máxima de sangue que o coração bombeia seja reduzida em até 10%.
Se não tratada e acompanhada adequadamente, pode gerar consequências graves, como trombose e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Quais os sintomas da fibrilação atrial?
Os sintomas variam muito de acordo com a velocidade do ritmo cardíaco. Quando ela é normal ou levemente alterada (inferior a 120 batidas por minuto, por exemplo), geralmente não há sintomas. Por outro lado, frequências mais elevadas podem gerar:
- Palpitações;
- Falta de ar;
- Dor no peito;
- Fraqueza;
- Desmaios constantes.
Ademais, outro sinal comum da fibrilação atrial é o pulso acelerado e irregular, mesmo quando a pessoa está em repouso.
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Causas
A condição pode surgir mesmo sem a presença de outra cardiopatia. Contudo, é mais comum que ela seja causada por quadros como:
- Hipertensão arterial (pressão alta);
- Doença arterial coronariana;
- Valvulopatias;
- Abuso de álcool;
- Hipertireoidismo;
- Por fim, defeitos congênitos no coração.
Diagnóstico da fibrilação atrial
O diagnóstico é feito por meio de um exame chamado eletrocardiograma. Além disso, geralmente é realizada uma ultrassonografia do coração (ecocardiograma). Desse modo, é possível avaliar as válvulas cardíacas e verificar a presença de coágulos.
No caso de Romulo, os sintomas foram silenciosos, e o ator descobriu apenas porque fez um exame para virar piloto desportivo (uma paixão da família).
“Para voar, você precisa fazer um exame médico. Aí fui ao hospital da aeronáutica, fiz o exame médico e quando terminou a bateria de exames cardiológicos, eu descobri que tinha um problema no coração. Fui pego com 24 anos, no auge da minha saúde física, mental, com essa notícia de que eu tinha um problema no coração”, revelou o ator em entrevista ao Altas Horas em 2018.
Logo, a cardiologista pediu que ele procurasse a emergência. “A cardiologista virou pra mim e falou assim: ‘seguinte, vou te liberar agora do hospital, mas você vai sair direto para uma emergência porque você tem um problema sério no coração’. Estava eu e meu pai, fomos pegos de surpresa, foi um choque.”
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Tratamento
O tratamento busca restabelecer o ritmo normal do coração, além de tratar a doença que causa a arritmia (se houver uma). Também há o uso, em algumas situações, de medicamentos anticoagulantes para evitar a formação de coágulos no sangue e êmbolos.
O ator precisou passar por duas cirurgias — uma vez que ele negligenciou seu tratamento depois da primeira. “Eu fiz duas cirurgias, uma em São Paulo e uma no Rio de Janeiro, porque a primeira que eu fiz no Rio eu logo depois viajei pra morar fora do Brasil, e aí larguei mão do tratamento. Aí quando voltei, voltou a fibrilação, acabei fazendo outra cirurgia, levei o tratamento mais a sério, porque tive a notícia que se não cuidasse disso eu ia ter que tomar remédio a vida inteira, e eu tinha pânico de ter que tomar remédio a vida inteira. Acabei levando a sério o tratamento, graças a Deus, e hoje não tomo remédio nenhum, nem nada.”
Por fim, ele também passou a dar mais importância ao seu estilo de vida. “Tudo que é excesso é um problema na vida da gente. Álcool, cigarro, o estresse do trabalho, da rotina da vida… Se a gente não conseguir dosar as coisas, isso acaba refletindo no nosso físico, na nossa cabeça”, disse no Altas Horas.
Referência: Manual MSD, Fibrilação atrial e flutter atrial.