Espondiloartrose: o que é, sintomas e tratamento

Saúde
13 de Julho, 2022
Espondiloartrose: o que é, sintomas e tratamento

Você já ouviu falar em espondiloartrose? Essa condição afeta a coluna vertebral e pode comprometer a saúde e a qualidade de vida de quem tem. Por outro lado, é possível prevenir ou, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, evitar outras complicações. Vamos entender melhor o que é, sintomas e possíveis tratamentos da espondiloartrose.

O que é?

A espondiloartrose vem da palavras espôndilo, que significa vértebra e artrose, que é degeneração. Ou seja, é um processo degenerativo que envolve a coluna vertebral. “É processo natural do organismo que pode ocorrer em maior ou menor intensidade e tem relação com hábitos de vida e fatores genéticos ou hereditários”, explica o ortopedista Anderson Alves Dias.

É mais comum em mulheres, acima dos 45 anos, mas homens e jovens também podem apresentar espondiloartrose. “Geralmente é consequência do envelhecimento, mas jovens podem desenvolver o quadro a partir de sequelas de fraturas ou infecções na coluna”, conta o médico.

Como é feito o diagnóstico da espondiloartrose?

De acordo com o médico, o diagnóstico é feito através de uma história clínica detalhada, exame físico e exames de imagens como radiografia, tomografia ou ressonância magnética. “Na grande maioria das vezes, uma radiografia simples da coluna já é o suficiente para o diagnóstico de espondiloartrose”, conta.

Quais são os sintomas?

A condição pode afetar não só a coluna cervical, como a torácica e a lombar também. Além disso, pode comprometer os ligamentos, o disco intervertebral e os nervos que saem da coluna vertebral. Os principais sintomas são a rigidez e a dor. Confira outros sintomas da condição:

  • Dor localizada da região cervical, torácica ou lombar
  • Dor irradiada pelo trajeto dos nervos afetados pela espondiloartrose, que podem ser: ciático irradiando para as pernas ou dos nervos que saem da cervical irradiando para os braços
  • Alteração de força e sensibilidade quando há a compressão importante de nervos
  • Rigidez e falta de flexibilidade

Geralmente, os sintomas melhoram com repouso relativo, ou seja, interromper algumas atividades que estimulam a dor por alguns minutos já melhora o quadro.

Como tratar a espondiloartrose?

Quando diagnosticada, pode ser necessário o uso de medicações para tratar a dor e o desconforto do paciente. “A fisioterapia também é uma importante ferramenta para o tratamento dos sintomas, bem como a acupuntura”, conta Anderson.

A cirurgia fica restrita apenas aos casos em que há alteração neurológica associada ao quadro de espondiloartrose ou nos casos em que a dor torna-se incapacitante, mesmo com uso de medicação, fisioterapia entre outros procedimentos terapêuticos.

Existe cura?

Infelizmente, não existe cura, mas é possível controlar a dor. “A espondiloartrose é um processo degenerativo e, geralmente, não apresenta regressão quando avaliamos o exame de imagem. Contudo, com tratamento adequado, pode haver diminuição parcial ou melhora completa do quadro de dor, trazendo qualidade de vida ao paciente”, reforça Anderson.

Espondilite anquilosante e espondiloartrose são a mesma coisa?

São condições diferentes. A espondilite anquilosante, que é uma doença autoimune, pode levar a espondiloartrose da coluna. “A espondilite anquilosante representa um grupo de doenças reumatológicas que afetam, principalmente, a coluna vertebral, quadril e articulação sacroilíaca que faz a junção entre a coluna e a bacia”, explica.

Geralmente surge de forma lenta associada à rigidez matinal da coluna que melhora durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercício e piora com repouso. O tratamento é diferente da espondiloartrose e requer acompanhamento com o médico reumatologista.

Leia mais: Afinal, o que é espondilite anquilosante?

É possível prevenir a espondiloartrose?

Sim! “Alongar-se, por exemplo, ajuda na proteção da estrutura da coluna lombar e evita o desgaste precoce, além de diminuir a velocidade de degeneração da coluna vertebral e suas estruturas”, explica Anderson.

O ortopedista também destaca que levar uma vida saudável contribui e muito, na prevenção. “Praticar atividade física sob supervisão, fazer pilates, por exemplo, além de ter uma dieta balanceada e evitar sobrepeso são boas dicas para prevenção da espondiloartrose.”

Fonte: Anderson Alves Dias, médico ortopedista-traumatologista.

Referência: SBR

Sobre o autor

Beatriz Libonati
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em diabetes e obesidade.

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