O que é o ecocardiograma fetal e como o exame é feito

Gravidez e maternidade Saúde
08 de Dezembro, 2021
O que é o ecocardiograma fetal e como o exame é feito

Logo que as futuras mamães entram no terceiro trimestre de gravidez, alguns exames são solicitados pelo médico. O ecocardiograma fetal é um desses. O exame serve para detectar cardiopatias congênitas, ou seja, anomalias cardíacas no bebê enquanto ele ainda está no útero. Além disso, é um importante recurso para preparar a gestante para o nascimento do bebê em casos de alterações cardíacas.

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Quem deve fazer ecocardiograma fetal

Segundo estimativa do Ministério da Saúde, a cada ano, nascem 30 mil crianças cardiopatas no Brasil. Dessa forma, é fundamental a realização do ecocardiograma fetal, pois previne e trata possíveis problemas de saúde do bebê. O exame é feito por todas as gestantes entre a 18º e 28º semana de gravidez,  etapa da gestação em que o sistema cardiovascular permite uma maior precisão em sua análise. Porém, quando a gravidez é considerada de alto risco, o médico pode indicar o teste a partir das 14 semanas.

É indicado, especialmente, para mães com idade maior ou igual a 35 anos, que possuem diabetes prévio ou gestacionais, ou ainda infecções maternas, como a rubéola. Além disso, também é indicado para que faz uso de drogas como anticonvulcionantes, antidepressivos, além de outras drogas que promovem o fechamento do canal arterial, como vasocontrutores nasais, bem como futuras mamães que possuam doenças autoimunes maternas, entre elas o lúpus.

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Como o exame é feito

O ecocardiograma fetal é um exame de imagem que deve ser realizado por um médico cardiologista infantil com especialidade em ecocardiografia. Com duração de cerca de 30 minutos, não é um exame envasivo, tampouco possui contraindicação. Dessa forma, não oferece riscos para a saúde da mãe e do bebê.

Para sua realização, não há necessidade de preparação prévia. O exame é como uma ultrassonografia, com a aplicação de um gel no local e utilização de um acessório chamado transdutor. Dessa maneira, ondas de ultrassom são emitidas e quando processadas, são transformadas em imagens, que poderão ser analisadas pelo médico.

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No entanto, é importante considerar fatores que dificultam os resultados do procedimento, como a agitação do feto, a posição fetal, a espessura da parede abdominal, o volume de líquido amniótico, a gestação múltipla e a realização do exame ao final da gestação. Por fim, é importante que no momento do exame, a gestante leve todos os exames já realizados, principalmente o ultrassom morfológico, para que o cardiologista fetal os avalie detalhadamente. 

Fonte: Daniela Anderson, pediatra, neonatologista e intensivista infantil com área de atuação e estudos em cardiopatias congênitas, da Clínica Medicina da Mulher (São Paulo)

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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