O que podemos fazer para ter uma dieta sustentável?
A preservação do meio ambiente é uma preocupação compartilhada por muitos brasileiros. De acordo com dados do Ibope, 77% das pessoas acreditam que proteger o meio ambiente é prioridade, mesmo que isso revele um menor crescimento econômico. Além disso, nos últimos anos, houve o aumento de uma tendência global de consumo em que os compradores passaram a ter um papel mais ativo e consciente. Durante a pandemia da Covid-19, inclusive, pesquisas na internet sobre produtos sustentáveis cresceram 71%. Existem diversas formas de participar deste movimento em prol da conservação da natureza e dos recursos naturais. É possível começar dentro de casa, mais especificamente, no próprio prato. Adotar uma dieta sustentável, por exemplo, além de ajudar o planeta, também suscita efeitos positivos para a saúde do corpo.
A dieta planetária é um tipo de alimentação sustentável que busca, sobretudo, combater a fome mundial e garantir alimentação equilibrada e de qualidade para todos evitando o desperdício.
Dieta planetária
Tal alimentação consiste no consumo de legumes, verduras, frutas e grãos. Laticínios e carnes também podem fazer parte, mas em quantidades bem reduzidas.
Em geral, recomenda-se que uma pessoa que hoje consome carne todos os dias, passe a comer tal alimento apenas uma vez na semana – e uma pequena porção.
Entretanto, as carnes brancas (peixes e aves) podem ser consumidas algumas vezes na semana. O maior consumo deve ser de nozes e leguminosas (feijões, grão-de-bico e lentilhas). A recomendação é que sua ingestão seja diária e em boas quantidades.
Entre os benefícios da dieta planetária, estão: melhor funcionamento dos sistemas digestivo e imunológico, menor risco de má nutrição, possível perda de gordura e peso corporal e ingestão adequada de vitaminas e sais minerais.
Além disso, no que diz respeito aos cuidados com o meio ambiente, a alimentação planetária promove um menor desperdício de comida e, por incentivar um consumo moderado de carne bovina, colabora para um menor impacto no meio ambiente.
O que fazer para adotar uma dieta sustentável
Existem, ainda, outras estratégias, para além da dieta planetária, que contribuem para a adoção de uma dieta sustentável. Pequenas mudanças diárias podem trazer impactos realmente significativos quando aplicadas na rotina.
Diminuir consumo de carne
Os movimentos vegetariano e vegano atraem cada vez mais adeptos. Hoje, estima-se que 14% dos brasileiros sigam uma alimentação vegetariana. O projeto “Segunda Sem Carne” nasceu nos Estados Unidos, mas é bastante reproduzido aqui no Brasil, principalmente pela Sociedade Vegetariana Brasileira.
A ideia é incentivar a diminuição do consumo de produtos de origem animal durante um dia da semana. Segundo eles, tal prática pode economizar 3,4 litros de água usados no cultivo dos grãos e nos abatedouros, 7kg de soja para ração e evitar que 14kg de gases prejudiciais sejam emitidos na atmosfera.
Para quem visa uma dieta mais sustentável, a redução do consumo de carne vermelha e o aumento da ingestão de alimentos mais naturais é uma forma de colaborar para a redução dos gastos de energia e água.
Controle
Outro passo importante rumo a uma dieta sustentável é o controle dos alimentos dentro de casa. Em outras palavras, é importante estar atento às datas de validade para que produtos não sejam esquecidos e, assim, tenham que ser descartados.
Além disso, buscar formas de consumir as “sobras” para não desperdiçar comida também faz parte desse processo.
Dieta sustentável: Priorize alimentos da estação
Que tal começar a ficar de olho nas frutas e verduras da época? Isso é importante para incentivar o consumo de alimentos naturais e sustentáveis. Itens que continuam nas prateleiras mesmo fora da sua sazonalidade passaram por diversos processos químicos prejudiciais para a saúde do corpo e também do planeta.
Saber a procedência
Quantas vezes você já parou para pensar de onde vem aquilo que está no seu prato? Entender a procedência e os processos pelos quais aquele produto passou antes de chegar à mesa é fundamental para uma dieta sustentável.
O locavorismo, por exemplo, é um movimento que incentiva o consumo local e de pequenos produtores. Claro que deixar de comprar em grandes redes de supermercados é uma realidade muito distante, mas quando houver a possibilidade de investir em alimentos que tenham passado por menos processos, é um passo a mais em direção a uma vida sustentável.
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