Como deve ser a dieta pós-cirurgia bariátrica?
A cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como cirurgia de redução do estômago, é um procedimento bastante comum em pessoas obesas. E assim como o período pré-cirúrgico requer uma série de procedimentos e cuidados, o mesmo vale para o pós-cirúrgico, principalmente quando se fala em alimentação: é preciso adotar uma dieta pós-bariátrica que permita a rápida recuperação do paciente — e evite o ganho de peso futuro
Para a pessoa que passou por uma cirurgia bariátrica, o que muda é o seu comportamento em relação à comida e as suas diretrizes alimentares. “No paciente que foi submetido à cirurgia, não existem proibições alimentares após a liberação da dieta geral. Contudo, existem novas recomendações nutricionais, priorizando proteínas como base da alimentação e o comportamento durante as refeições”, explica a nutricionista Camila Carvalho.
De acordo com a profissional, as recomendações passam por uma mastigação mais eficaz e mais lenta, evitar o consumo de líquidos junto das refeições e praticar o fracionamento alimentar.
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Como é a dieta pós-bariátrica?
Para Camila, as recomendações são diferentes da população geral, especialmente quando o assunto são as porcentagens dedicadas a cada grupo alimentar. “Devido ao deficit calórico, existe a necessidade de priorização das proteínas, visando minimizar a perda muscular. Além disso, é preciso garantir um maior aporte de fontes de micronutrientes importantes, como vitamina B12, cálcio e ferro”.
Quem passa por esse procedimento sabe que, antes de retomar a alimentação completa, há um período de dieta líquida, pastosa e, por fim, branda. Quando, enfim, acontece a liberação da dieta geral, não existem alimentos proibidos. A reeducação alimentar, de acordo com a nutricionista, também atua em orientar alimentos que não devem ser constantes no dia a dia. “Assim como para a população que não fez a cirurgia”, diz.
As porções individuais ficam sob a orientação de um nutricionista, mas as proteínas, como dito acima, serão sempre prioridade. Ainda, a recomendação é não “empurrar” alimentos.
“Essas são práticas permanentes, orientadas individualmente e trabalhadas junto ao nutricionista durante um processo de reeducação”, explica Camila. “Existem recomendações e diretrizes, mas cada paciente possui individualidades, como cultura, horários e rotina, que o profissional saberá orientar e individualizar durante o acompanhamento.”
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Fonte: Camila Carvalho, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.