Dieta com restrição calórica retarda o envelhecimento
Adultos saudáveis que seguem uma dieta com restrição de calorias (em 25%) podem retardar o ritmo do próprio envelhecimento. Isso é o que aponta o estudo CALORIE, realizado por pesquisadores da Universidade Columbia, nos EUA.
Os resultados foram publicados no começo do mês de fevereiro na revista Nature Aging. Em investigações anteriores, os cientistas já haviam comprovado os benefícios da restrição calórica no envelhecimento de animais. Mas agora, eles buscaram analisar se esses efeitos também acontecem em humanos.
“Em vermes, moscas e camundongos, a restrição calórica pode retardar os processos biológicos de envelhecimento e prolongar a expectativa de vida saudável. Nosso estudo teve como objetivo testar se a restrição calórica também retarda o envelhecimento biológico em humanos”, disse o autor Daniel Belsky, professor associado de epidemiologia na Columbia Mailman School.
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Dieta e envelhecimento: afinal, como funcionou a pesquisa?
Os especialistas fizeram as análises em três centros de pesquisa dos EUA. Então, selecionaram 220 adultos com pesos “saudáveis” (homens e mulheres com IMC abaixo de 27) com idades entre 21 e 50 anos, e os dividiram em dois grupos:
- Aqueles que fizeram uma dieta com 25% menos calorias;
- Ou, então, os que seguiram uma alimentação normal.
Para medir o envelhecimento biológico de todos os participantes, amostras de sangue foram coletadas ao início do estudo, e depois de 12 e 24 meses. Assim, os cientistas acompanharam a chamada metilação do DNA: alterações na fita genética que regulam as expressões dos genes.
Por fim, encontrou-se evidências de que a dieta com restrição de calorias poderia retardar o ritmo do envelhecimento humano de 2% a 3%.
Contudo, agora, o objetivo é investigar se essa questão também se dá a longo prazo. Além disso, são necessários mais estudos para entender se essa vantagem também se traduziria em uma redução do risco de doenças crônicas, que diminuem a expectativa de vida.