Maus hábitos de sono podem reduzir expectativa de vida em mais de 8 anos, diz estudo

Bem-estar Sono
05 de Setembro, 2022
Maus hábitos de sono podem reduzir expectativa de vida em mais de 8 anos, diz estudo

Hoje em dia, é difícil não conhecer ao menos uma pessoa que não tenha maus hábitos de sono. Há quem pense que não há risco algum na oscilação do repouso, contudo, é preciso se manter atento. De acordo com um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e do Centro Dinamarquês da Medicina do Sono, ter o sono “em partes” pode aumentar o risco de morte em 29%, além de reduzir a expectativa de vida em mais de 8 anos. 

A pesquisa teve divulgação na revista científica npj Digital Medicine, que pertence ao grupo Nature. Assim, avaliou as consequências da “idade do sono” que é diferente da idade do indivíduo em questão. Os pesquisadores estudaram o sono de diferentes faixas etárias e levaram em consideração as movimentações noturnas, interrupções, respiração e frequência cardíaca. Então, atribuíram um perfil médio a cada noite delas. 

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Como funcionou?

Ao todo, foram mais de 10 mil participantes com idades entre 20 e 90 anos. Então, os cientistas atribuíram a cada indivíduo a idade com a qual o perfil do sono era mais semelhante. Dessa forma, os maus hábitos de sono foram observados.

Por exemplo, uma pessoa com 45 anos, mas que tem a “idade do sono” de 55 anos, estava dormindo mal, de acordo com a avaliação. Dessa forma, se uma idade de 35 anos fosse atribuída a essa pessoa, a qualidade de sono estaria acima da média. Após essas análises, os cientistas estudaram qual era o fator que mais influenciou para que a “idade do sono” seja incompatível com a biológica. Assim, conseguiram ver também como a diferença refletia na saúde

“Nossa principal descoberta foi que a fragmentação do sono, quando as pessoas acordam várias vezes durante a noite por menos de um minuto sem se lembrar, foi o mais forte preditor de mortalidade”, disse Emmanuel Mignot, autor e pesquisador de Stanford, ao portal da universidade. Ele ainda pontuou que isso é diferente de uma pessoa perceber que estava acordando, o que acontece com distúrbios do sono, como a insônia

As consequências dos maus hábitos de sono

Assim, os pesquisadores descobriram que a noite de baixa qualidade altera a “idade do sono”. Cada aumento de 10 anos da idade, em comparação com a real do indivíduo, elevou o risco de morte para todas as causas em 29%. E não para por aí, o aumento ou diminuição de 10 anos na “idade do sono” reduz a expectativa de vida em até 8,7 anos. 

“Descobrimos que pessoas com idades de sono mais velhas em comparação com sua idade real têm um risco aumentado de mortalidade, com base no sono de pacientes que morreram mais tarde. A partir de outros estudos, sabemos que o sono ruim é encontrado em uma variedade de condições (de saúde), como apneia do sono, neurodegeneração, obesidade e dor crônica”, contou Mignot. 

Por fim, o cientista explica como melhorar a qualidade do sono e reverter esse cenário. “Ir para a cama e acordar em horários regulares é a chave para melhorar seu sono. Isso não significa dormir demais, mas garantir que você esteja totalmente descansado pela regularidade. É uma quantidade diferente para todos e muitas vezes a janela varia um pouco. Obter exposição à luz sólida – de preferência com luz externa – durante o dia, manter o ambiente de sono escuro à noite, exercitar-se regularmente, mas não muito perto da hora de dormir, não beber álcool e cafeína perto da hora de dormir e evitar refeições pesadas à noite contribuem para um sono saudável. E, claro, certifique-se de que qualquer distúrbio do sono seja tratado”, completa.

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