Dieta ideal na amamentação: o que consumir ou não nesse período
O aleitamento materno é um processo intenso, inclusive nutricionalmente. Sabe-se, por exemplo, que a lactante deve consumir em torno de 500 calorias a mais por dia para produzir o leite que será ofertado ao bebê. Assim, é importante que a mãe siga uma dieta ideal na amamentação que é composta principalmente por comida de verdade.
“É importante que a mulher tenha uma alimentação ainda mais saudável nesse período, que inclua alimentos naturais como frutas, legumes, verduras, cereais, leguminosas, carnes e leite. Também é fundamental se hidratar bem, uma vez que para a produção do leite há aumento da demanda de água no organismo”, explica a nutricionista Daiane Paulino, doutora na área de saúde materna e perinatal.
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Dieta ideal na amamentação: o desafio do puerpério
Só que encontrar esse equilíbrio durante a jornada da amamentação, principalmente no puerpério, não é uma tarefa fácil. O acúmulo de tarefas relacionadas ao recém-nascido, ao cuidado com o lar, além da privação do sono bem como a adaptação emocional desse período tendem a fazer com que a alimentação seja a última preocupação materna. Portanto, de acordo com a especialista, uma das soluções é apostar em alimentos tradicionais.
Ela cita, por exemplo, a famosa combinação de arroz e feijão. Além de ser composta por itens fáceis de preparar e saborosos, eles permitem que o prato fique equilibrado nutricionalmente quando combinados com legumes, verduras e carnes.
Além disso, outra forma de manter a boa nutrição nesse período é fracionando a alimentação. Em outras palavras, a mãe pode comer a cada três horas, por exemplo. “Assim, ela pode incluir frutas, sementes e iogurtes nesses lanches intermediários”, orienta a nutricionista Fabiana Guimarães, mestre em saúde.
Sobretudo, de acordo com Daiane, essas refeições menores garantem nutrientes que não podemos ficar sem, como fibras, vitaminas, mineiras e antioxidantes.
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Dicas do que comer durante a fase da amamentação
A seguir, veja os alimentos indicados pelo portal Saúde Brasil, projeto do Ministério da Saúde, para serem ingeridos durante o aleitamento materno. Em resumo, eles pertencem a categoria in natura e/ou minimamente processados:
Cereais
- Arroz branco, integral ou parboilizado;
- Milho em grão ou na espiga;
- Grãos de trigo;
- Farinhas (mandioca, milho, trigo ou aveia);
- Macarrão e massas frescas e/ou secas;
Leguminosas
Frutas
- Frutas frescas;
- Frutas secas;
- Sucos de frutas (desde que sem açúcar);
Leites
- Leite pasteurizado ou em pó;
- Iogurte natural;
Legumes e verduras
- Todos os tipos, podendo ser frescos, refrigerados e/ou congelados;
Carnes e ovos
- Carnes e partes internas de gado, porcos, aves, pescados, frutos do mar e demais animais bem como os ovos;
Castanhas e nozes
- Castanhas;
- Nozes;
- Amendoim;
Raízes e tubérculos
- Batata;
- Mandioca.
Especialmente no café da manhã, a nutricionista especializada em saúde materna e perinatal orienta o consumo de alimentos que sejam fontes de cálcio. “Uma vez que há uma alta demanda de transferência desse nutriente da mãe para o filho durante a lactação”, completa Daiane.
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Dieta ideal na amamentação: afinal, a mãe pode ingerir cafeína?
Ainda que bebidas com café pareçam uma boa alternativa para garantir mais energia ao longo do dia, é preciso prudência no seu consumo por lactantes. Portanto, em outras palavras, elas devem ser ingeridas de maneira moderada. De acordo com Fabiana, isso se dá porque o líquido pode ser passado pelo leite materno e, como resultado, acabar estimulando excessivamente o bebê.
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E bebida alcoólica?
Já em relação a bebida alcoólica, a orientação é mais restrita. “Em princípio, indico evitar ao máximo ou usar os marcadores para ver se já diminuiu o álcool no leite após consumi-lo. Isso porque ele é extremamente tóxico para o bebê, trazendo efeitos significativos para o crescimento do pequeno”, finaliza a nutricionista, mestre em saúde.
Fontes:
- Fabiana Guimarães, nutricionista funcional e esportiva, mestre em saúde;
- Daiane Paulino, nutricionista doutora na área de saúde materna e perinatal.
Referências:
Saúde Brasil – Ministério da Saúde