As principais dúvidas sobre amamentação respondidas por especialistas

1. Existe leite materno fraco?

Não! O pediatra Paulo Telles explica que não há alimento mais perfeito para o bebê do que o leite materno, visto que ele é capaz de suprir todas as necessidades do pequeno durante seis meses, sem precisar de reforços. Além disso, conforme o pequeno vai se desenvolvendo, o organismo materno segue o mesmo caminho: a produção de leite vai se atualizando de acordo com as necessidades do recém-nascido.

2. É normal sentir dor ao dar de mamar? 

Não! De acordo com Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora de amamentação, o que acontece é que, no início da amamentação, é comum os seios estarem mais sensíveis ao manuseio feito pelo bebê. Mas tende a melhorar conforme os dias vão passando e a mãe encontra o ritmo que funciona com o filho.

Sim! A pediatra Patrícia Terrível, membro do Departamento de Aleitamento Materno da SPSP, lembra que o nosso corpo é assimétrico. Logo, um seio tende a ser um pouco maior que o outro e, consequentemente, ter mais glândulas mamárias que levam um lado a produzir mais leite do que o outro.

3. É comum um seio produzir mais leite que o outro?

4. Está tudo bem bebê não arrotar todas as vezes que mamar?

Sim! Thais esclarece que o arroto após a mamada tem o intuito de liberar o ar que foi deglutido junto  com o leite. Só que Paulo explica que, conforme o pequeno faz o vácuo adequado durante a amamentação, ele engole menos ar. Nesse cenário, a criança não precisa arrotar.

5. É preciso acordar o recém-nascido durante a madrugada para mamar?

Depende. O incentivo é que a mãe pratique a livre demanda, oferecendo leite apenas quando o bebê pedir. No entanto, situações especiais, como prematuridade, baixo peso ao nascer ou diabetes materna, a orientação pode ser diferente. Portanto, diante de qualquer dúvida, o pediatra do pequeno deve ser consultado.

6. Amamentar deitada pode dar infecção no ouvido do bebê?

Não. É consenso entre os especialistas que dar de mamar no peito não aumenta as chances do pequeno ter otite. A Dra. Thais explica que o que acontece é exatamente o contrário. “O ato de mamar demanda esforços do bebê, fazendo com que a musculatura facial impeça que o leite alcance o ouvido e cause uma inflamação”, esclarece  a pediatra.

A única ressalva é em relação ao uso de mamadeiras por crianças deitadas. “Nesse caso, quando ela mama, o canal auditivo fica aberto. Assim, a fórmula pode acabar indo para lá e se tornar um meio de cultura para bactérias”, explica Patrícia. Portanto, é recomendado que o pequeno esteja ligeiramente inclinado ao utilizar o dispositivo.