Dieta dos Hormônios: O que é e como seguir
- 1. Como funciona
- 2. O que causa o excesso de cortisol no corpo?
- 3. Como manter o cortisol em níveis normais
- 4. Alimentos liberados na dieta dos hormônios
- 5.
- 6. Alimentos vetados na dieta dos hormônios
- 7. Sugestão de cardápio
- 8. Desequilíbrio hormonal
- 9. Outras atividades que ajudam a manter o cortisol no nível certo
- 10. Programas Vitat
A dieta dos hormônios, também conhecida como dieta anticortisol, centra-se na ideia básica de balancear os níveis de cortisol no corpo por meio da alimentação, de forma que promova o emagrecimento e a melhora na saúde.
O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins. A função do cortisol é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial constantes.
Emagrecer não se trata apenas de alimentação e exercício, ainda que esses sejam fatores determinantes. O papel do nosso sistema endócrino (hormonal), aquele responsável por nossos hormônios, é igualmente relevante.
Como funciona
Em situações de estresse, o cortisol inunda nossas correntes sanguíneas e, por isso, é tão importante: deixa nosso corpo preparado em momentos de perigo. Entretanto, o organismo não sabe como diferenciar uma situação real de uma situação imaginária de perigo.
Assim, quando em excesso no corpo, o cortisol pode causar uma série de complicações. Entre elas, um armazenamento “extra” de gordura, especialmente na região abdominal. E é aí que entra a tal da dieta dos hormônios.
Além do efeito colateral da “barriguinha”, o excesso desse hormônio causa o aumento do risco de diabetes, de hipertensão arterial e de depressão. Assim, em casos extremos, como a Síndrome de Cushing, pode levar a uma atrofia muscular.
Leia mais: Como lidar com o estresse
O que causa o excesso de cortisol no corpo?
Alguns fatores, além do estresse, podem causar o excesso de cortisol. São eles:
- Tumor suprarrenal
- Tumor na hipófise
- Uso de corticoide
- Obesidade
Portanto, caso haja suspeita do excesso de cortisol, um endocrinologista deve ser procurado para tratamento.
Como manter o cortisol em níveis normais
Algumas mudanças de hábito também podem ser promovidas, como:
- Alimentação balanceada.
- Manejo de estresse: práticas calmantes em geral, terapia.
- Atividades físicas.
Leia também: O que a meditação pode fazer pela sua saúde
Alimentos liberados na dieta dos hormônios
Uma alimentação balanceada é benéfica por diversos motivos, inclusive o controle do nível de cortisol no corpo. Para isso, saiba quais alimentos deve adicionar na sua dieta.
Fenilalanina
Alimentos ricos em fenilalanina são grandes aliados para manter o nível de cortisol controlado. Portanto, esse aminoácido trabalha diretamente com a dopamina em nosso organismo, sendo precursor da mesma.
Assim, a dopamina é o neurotransmissor associado ao mecanismo de recompensa cerebral, aquele que faz a pessoa se sentir bem. Isso acaba diminuindo aquela grande vontade de ingerir alimentos gordurosos e ricos em açúcar.
Alguns alimentos ricos nesse aminoácido são:
Triptofano
Esse aminoácido é o precursor da serotonina, a monoamina, neurotransmissora responsável por inibir sentimentos como ira, agressão, temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite.
Alimentos ricos nesse aminoácido:
- Carnes brancas (peixes e peru, especialmente)
- Ovos
- Nozes e castanhas
- Leguminosas
- Sementes
- Chocolate amargo
- Tofu
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Alimentos vetados na dieta dos hormônios
Cafeína
Por ser uma substância estimulante, a cafeína deve ser evitada na dieta dos hormônios, pois acarreta o aumento dos níveis de cortisol, justamente o oposto do que se deseja.
Potássio
O potássio pode acabar piorando o efeito colateral do excesso de cortisol e, por isso, seu consumo deve ser evitado – por diminuir a absorção de sódio no corpo, algo provocado também pelo cortisol. Assim, alguns alimentos ricos em potássio são: banana, melão, kiwi, maracujá e água de coco.
Além disso, recomenda-se também comer a cada 3 horas, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
Sugestão de cardápio
Café da manhã
- 5 morangos + 1 copo (200 ml) de leite de soja light + 2 col. (sopa) de cereal matinal integral sem açúcar
Lanche da manhã
- 3 amêndoas + 2 nozes ou 1 banana
Almoço
- Salada de folhas verdes + Legumes de sua escolha + Lentilha + 1 fatia de melão (sobremesa)
Lanche da tarde
- Salada de frutas variadas
Jantar
Desequilíbrio hormonal
Além de manter os níveis de cortisol adequados, é preciso se atentar para os outros hormônios como um todo. Dessa forma, o desequilíbrio hormonal ocorre quando os níveis de hormônios estão acima ou abaixo do esperado de acordo com gênero e faixa etária. Por isso mesmo é difícil determinar um único sintoma que represente todas as disfunções hormonais que podem acometer o corpo humano. Assim, dependendo da idade do paciente, do sexo, dos seus hábitos de vida e principalmente da alimentação, essa variação hormonal pode diferir e gerar sintomas diferentes.
“Tudo vai depender do quadro”, explica a Dra Ludmilla Pedrosa, endocrinologista pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria. “Se estamos diante de uma obesidade, pode haver desequilíbrio, por exemplo, dos hormônios que regulam a glicose no sangue. Portanto, os desequilíbrios hormonais relacionados à tireoide, por sua vez, podem ser devido a um funcionamento em excesso ou deficitário da glândula, o que leva a sintomas totalmente diferentes.”
Ainda assim, existem alguns sintomas que podem ser indicativos de um desequilíbrio hormonal, por exemplo:
- Ganho ou perda de peso;
- Fadiga;
- Dor, fraqueza, sensibilidade ou rigidez muscular;
- Dor, rigidez ou inchaço nas articulações;
- Aumento ou diminuição da frequência cardíaca;
- Sudorese;
- Aumento da sensibilidade ao frio ou calor.
A importância do equilíbrio
Embora nossa reação fisiológica ao estresse tenha sido muito útil para nossos antepassados pré-históricos, hoje é comumente uma reação exagerada a ameaças menos letais, como o trânsito na hora do rush ou uma reunião de trabalho mais complicada. Porém, o aumento do cortisol ajuda você a aprender com provações estressantes, permitindo que você lide melhor com elas no futuro.
Contudo, queremos que o cortisol suba um pouco durante o estresse e depois desça novamente, pois isso ajuda a codificar informações no cérebro. Assim, a ideia é que o hormônio ajude a registrar e recordar aspectos de eventos estressantes. Dessa forma, você pode adaptar sua reação se encontrar a mesma situação novamente.
Uma vez que uma ameaça passou, o cortisol deve voltar ao seu nível normal. Contudo, se você está constantemente enfrentando problemas, como cuidar de um familiar doente, perdas de entes queridos ou problemas financeiros, o seu cérebro pode interpretar como situação de estresse, e isso leva a uma desregulação de suas secreções hormonais.
Assim, quando essa situação ocorre, você pode ter ansiedade, e surgem vários sintomas físicos decorrentes do aumento. A questão acontece porque o corpo está priorizando sua resposta ao estresse, e qualquer coisa que não seja essencial para a sobrevivência imediata fica em segundo plano – incluindo o sono.
Outras atividades que ajudam a manter o cortisol no nível certo
Se estiver passando por períodos de estresse, são as pequenas coisas que se pode fazer todos os dias para ver a diferença nos níveis do hormônio. Então, que tal priorizar as atividades de reabastecimento, como meditação e yoga? Elas não apenas ajudam na sensação de melhoria momentânea, mas também servem como um escudo protetor contra o estresse do futuro.
Porém, se estiver se sentindo sobrecarregado, talvez queira mudar temporariamente os treinos de alta intensidade para um condicionamento físico mais suave, como caminhar ou nadar. Assim, o exercício de alta intensidade pode aumentar seu cortisol e, embora isso seja normal, nem sempre é recomendado se você precisa se acalmar.
Para um alívio rápido, tente se conectar com a natureza. Estudos descobriram que gastar apenas 20 minutos ao redor de plantas pode reduzir o hormônio. Por exemplo, um passeio em um parque ou até sentar no quintal deve fazer a diferença.
Ajuste o sono
Por fim, aposte na regulação do seu sono. O cortisol se eleva um pouco antes do acordar e tem seus níveis mais baixos entre às 23 horas e meia-noite, mas isso vale para quem tem horários regulares de dormir e despertar. Assim, para restabelecer este ritmo, tente manter seus horários e a qualidade do sono.
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