Dieta alcalina reduz o risco de contrair o novo coronavírus?

Alimentação Bem-estar
24 de Abril, 2020
Dieta alcalina reduz o risco de contrair o novo coronavírus?

Em meio à pandemia, a dieta alcalina vem sendo apontada nas redes sociais como uma alternativa para combater o COVID-19. A ideia apresentada seria que o consumo de alimentos alcalinos ajudaria a aumentar o nível do pH do organismo, deixando a pessoa mais imunizada. Na mensagem, a recomendação é para consumir limão, abacate, alho e outros alimentos. Mas, será que a dieta alcalina reduz o risco de contrair o novo coronavírus?

Dieta alcalina x coronavírus

A ideia da dieta alcalina é mudar os hábitos alimentares para manter o pH do corpo alcalino. Porém, é essencial ressaltar que, atualmente, nenhum tratamento específico para COVID-19 é aprovado pela OMS. Portanto, não há nenhuma medida preventiva além do distanciamento social e práticas de higiene adequadas para impedir o desenvolvimento desta doença.

Além disso, seguir determinadas dietas não muda o pH do organismo. Pois, a manutenção do pH do sangue, na verdade, depende de uma série de mecanismos fisiológicos do nosso organismo fora a alimentação, que inclui a função renal e trocas gasosas pela respiração.

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Mudar a alimentação é uma opção para combater o vírus?

A alimentação balanceada e saudável é a opção para tudo que diz respeito a uma resposta nutricional adequada do organismo humano e, consequentemente, ao equilíbrio de todas as funções dos sistemas do corpo humano, incluindo o imunológico. 

“Em outras palavras, uma pessoa bem nutrida, com base em uma alimentação balanceada e saudável, é menos suscetível a desenvolver doenças e com melhor resposta às agressões externas, por exemplo no combate às infecções”, afirma Dr. Augusto Yamaguti, diretor do Serviço de Infectologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

“Porém, não que este estado irá evitar a aquisição de infecções, aqui no caso, a infecção pelos vírus respiratórios, mas o organismo terá um desempenho melhor para enfrentar a doença causada pelo agente infeccioso e propiciar uma evolução melhor, até que o ciclo da doença termine e o agente infeccioso seja eliminado”, complementa o infectologista. 

Por fim, o bom funcionamento do sistema imune depende da ingestão conjunta de vários nutrientes. Assim, investir em apenas um nutriente, sem a presença dos outros na alimentação, não previne nenhuma doença, incluindo a gripe. 

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Sobre o autor

Amanda Figueiredo
Amanda Figueiredo é nutricionista clínica pela USP (Universidade de São Paulo), pós-graduada em Saúde da Mulher e Reprodução Humana pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) e especialista em emagrecimento e nutrição estética CRN-3 77456 Também é jornalista e editora-chefe da Vitat.

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