Como conservar peixe e frutos do mar?
Você sente que peixes e frutos do mar estragam com mais facilidade, principalmente em dias de calor? Não é apenas uma impressão sua. De acordo com Manuela Ornelas, empresária do Grupo Divina Providência, isso acontece porque esse tipo de alimento é úmido e carrega diversos microorganismos, como bactérias, que se reproduzem de maneira muito rápida – principalmente em altas temperaturas. Então, como conservar peixe e frutos do mar para aumentar a vida útil dos mesmos? Confira algumas dicas da profissional:
Como conservar peixe e frutos do mar?
Temperaturas mais baixas diminuem significativamente o crescimento bacteriano. Por isso, a regra é sempre deixar na geladeira – desse jeito, o alimento chega a durar até dois dias.
Se você quiser armazenar por mais tempo, o ideal é congelar. “O congelamento precisa acontecer o quanto antes, assim que se chega em casa”, diz a profissional, que é a primeira e maior influenciadora digital de pescados no Brasil.
“A cadeia do frio é muito importante para a preservação do pescado, não devendo ser quebrada com variação significativa de temperatura”, afirma Manuela. Como dica extra, ela aconselha embalar as peças individualmente com um papel-toalha ou paninho multiuso (novo, é claro) para diminuir a umidade.
O cuidado com o descongelamento é igualmente importante. Ele precisa ser lento, sem forçar o degelo debaixo d’água, no sol ou em cima da pia. É necessário deixar o alimento na geladeira um dia antes do preparo.
“Para épocas de maior consumo de pescado, como Semana Santa, o ideal é comprar com antecedência e congelar, garantindo assim melhor preço e qualidade, sem precisar enfrentar filas em cima da hora.”
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Como descobrir se meu peixe está bom para o consumo?
Segundo a empresária, não é uma tarefa difícil. Basta ficar de olho em algumas características que indicam que o fruto do mar está impróprio para consumo. Por exemplo:
- Odor forte e desagradável: “peixe fresco sempre tem cheiro suave”;
- A pele do peixe precisa estar com boa elasticidade, ser íntegra (sem fissuras visíveis), apresentar brilho e ser firme ao toque (com rápido retorno ao normal);
- O peixe não pode estar com o intestino aberto ou com os olhos fundos e sem viço.
“Contudo, é o conjunto de características que melhor dirá se o produto está fresco. Por exemplo, ainda que a pele possa ter um machucado leve, mas as demais características estejam boas, o peixe é fresco. No caso de crustáceos como camarão, a cabeça precisa estar em perfeito estado”, conta.
Manuela explica que a cabeça de peixes e crustáceos é decisiva na indicação ou não de consumo. Por isso, retirar essa parte pode dificultar as coisas. “O pulo do gato, portanto, é só comprar peixes, camarões e demais crustáceos com a cabeça íntegra. Escolha o pescado e peça para limpar. Esse é o jeito certo, simples e seguro!”, complementa.
Por fim, a cor avermelhada em camarões indica decomposição em curso. O mesmo vale para o “bigode” que sai com facilidade. “Caso seja camarão cinza, o tom rosado na pele indica estar passado. O mesmo se aplica a polvo e lula. Eles têm pele acinzentada, e tons vermelhos sugerem decomposição.”
Fonte: Manuela Ornelas, empresária do Grupo Divina Providência (Peixaria, Bar e Sushi Bar) e a primeira e maior influenciadora digital do pescado no Brasil.