Existe um melhor carboidrato para comer no jantar?
Quando o assunto é comer carboidrato no jantar, diversos mitos podem aparecer. Mas a verdade é que a gente não precisa ter medo do nutriente. Afinal, o que conta mesmo é o tipo escolhido e as combinações que fazemos com ele, e não necessariamente o horário que ingerimos.
Carboidrato no jantar engorda?
Uma ideia muito disseminada, por exemplo, é a de que ingerir carboidrato à noite estimula o ganho de peso. Contudo, não é bem assim que a coisa funciona.
Os carboidratos são macronutrientes, ou seja, fazem parte do grupo de nutrientes que o corpo precisa em maior quantidade (ao lado das proteínas e das gorduras). Sua principal função é fornecer energia para o organismo.
Realmente, exagerar no consumo de carboidratos – principalmente os do tipo “simples” (como açúcar e farinha branca) – e não aliá-los à ingestão adequada de fibras, proteínas e gorduras saudáveis pode levar a um acúmulo mais acentuado de gordura.
Mas isso não quer dizer que comer o nutriente depois das 18 horas vai te fazer engordar. Afinal, o aumento de peso acontece somente quando há um superávit calórico – isto é, comer mais calorias do que o corpo é capaz de gastar a médio e longo prazo.
Ou seja, se a sua alimentação é equilibrada e saudável, você pode (e deve!) incluir alguma fonte de carboidrato no jantar sem medo.
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Existe um melhor tipo?
De acordo com Lucas Fortunato, nutricionista especializado em obstetrícia, pediatria e adolescência, o segredo está em escolher os tipos certos e fazer combinações mais inteligentes na hora do jantar. Desse modo, é possível evitar o surgimento da fome pela madrugada (processo que faz a gente “beliscar” bastante).
“No geral, os carboidratos simples, que são os que contém menor quantidade de fibras e maior carga glicêmica, são digeridos mais rapidamente pelo organismo. Assim, quando não associados com algum tipo de proteína ou fibra, eles irão gerar fome mais rápido, fazendo a pessoa acordar com muita fome pela manhã ou até mesmo no meio da madrugada”, ele diz.
Para evitar o problema, tente priorizar os chamados carboidratos complexos: milho cozido, derivados da aveia, mandioca… E não esqueça de montar uma refeição mais completa, com fontes de proteína (seja animal ou vegetal), vegetais e folhas.
Fonte: Lucas Fortunato, nutricionista especialista em nutrição na obstetrícia, pediatria e adolescência.