Anestesias: tipos, quando usar e riscos

Saúde
23 de Junho, 2022
Anestesias: tipos, quando usar e riscos

A Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do Ministério da Saúde define as anestesias como o estado de total ausência de dor durante uma cirurgia, um exame ou um curativo. Ela pode ser geral, ou seja, para o corpo todo, ou parcial, também chamada regional, quando apenas uma região do corpo é anestesiada. 

Quando está sob o efeito de uma anestesia geral, o paciente adormece completamente, em um estado de inconsciência reversível. Já numa anestesia parcial, ele poderá dormir ou ficar acordado, conforme a necessidade da situação. Em ambos os casos, o médico anestesista precisará avaliar as funções de seus órgãos vitais durante o tempo que se fizer necessário, e agirá para que seu organismo reaja com segurança a um determinado exame ou a uma cirurgia.

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Tipos

Segundo Lauro Yoiti Marubayashi, médico anestesiologista e diretor do serviço de anestesiologia do Hospital HSANP, a principal anestesia é a geral, que coloca o paciente para dormir totalmente e ele fica completamente sob a responsabilidade do médico anestesiologista ou anestesista, que controla seu estado respiratório e cardíaco durante o procedimento por meio de equipamentos. 

Já a anestesia regional ou parcial é capaz de fazer um bloqueio apenas em uma parte do corpo. “A anestesia parcial é indicada para pacientes que não precisam ficar adormecidos totalmente, principalmente em cirurgias mais simples, como de membros inferiores ou uma cesariana, por exemplo”, explica. 

A anestesia regional pode ser classificada, ainda, em dois tipos: raqui e peridural. A diferença entre as duas está na quantidade de anestésicos. Enquanto a raqui usa uma quantidade menor de anestésico, a peridural contém maior quantidade. 

Vale saber que, independentemente se é geral ou parcial, a anestesia dura o tempo recomendado para que o procedimento seja feito. Assim, oferecendo ainda a atenuação da dor por um tempo após o exame ou a cirurgia. Após o procedimento, o paciente vai para a sala de recuperação pós-anestésica. Local destinado ao atendimento intensivo do paciente, no período que vai desde a sua saída da sala de operação até a recuperação da consciência e estabilização dos sinais vitais.

Riscos das anestesias

Segundo a Sociedade Brasileira de Anestesiologia, são muito raros, atualmente, as complicações das anestesias. Com medicamentos, equipamentos e técnicas modernas, o médico anestesiologista reduz ao máximo os riscos de acidentes anestésicos. Contudo, é preciso estar ciente de que eles existem, mas geralmente para pacientes que já possuem doenças pré-existentes. Por exemplo: problemas cardíacos ou respiratórios, ou faz uso de drogas como dependente químico, por exemplo.

“Com o avanço da tecnologia, os riscos das anestesias reduziram muito nos últimos 40 anos. Para a segurança dos pacientes, os hospitais modernos contam com equipamentos próprios para emergências, que permitem monitoramentos avançados, e equipes cada vez mais preparadas, o que reduz ainda mais os riscos de acidentes. Ainda assim, solicitamos exames minuciosos antes dos procedimentos que exigem anestesia para avaliar a condição geral do paciente”, esclarece Lauro.

De acordo com o especialista, antes dos anos 1990 os médicos preferiam fazer um bloqueio regional, acreditando que este tipo de anestesia oferecia menos efeitos colaterais, mas hoje sabe-se que a anestesia geral é mais segura do que a parcial. “Isso porque os medicamentos que deixam o paciente em relaxamento total são hidrolisados hoje, ou seja, são absorvidos de forma mais saudável pelo organismo e não são metabolizados pelo rim, portanto são mais seguros atualmente”, afirma o profissional. 

Para o anestesiologista, é fundamental escolher uma instituição que possua equipamentos de última geração para realizar cirurgias de alta complexidade. “Para o paciente se sentir mais seguro, é importante que ele sinta confiança no médico anestesista. Além disso, que sua equipe e faça uma avaliação pré-anestésica para identificar sua real condição médica”, recomenda o médico.

Fonte: Lauro Yoiti Marubayashi, médico anestesiologista e diretor do serviço de anestesiologia do Hospital HSANP.

Referências:

Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA);

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do Ministério da Saúde.

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