Adolescentes com baixa imunidade poderão tomar quarta dose

Saúde
10 de Fevereiro, 2022
Adolescentes com baixa imunidade poderão tomar quarta dose

Os adolescentes e jovens de 12 a 17 anos que possuem algum tipo de imunocomprometimento poderão tomar a quarta dose da vacina contra a covid-19. Nesse sentido, são considerados adolescentes com baixa imunidade aqueles que possuem doenças como HIV ou câncer, por exemplo.

Em nota técnica, o Ministério da Saúde anunciou que há uma amplificação da resposta imune com doses adicionais. Além disso, considerou como “preocupante” o aumento de casos e óbitos relacionados à baixa cobertura vacinal, e a alta circulação da variante ômicron, mais transmissível no país. Vale lembrar que, até então, apenas pessoas com baixa imunidade acima de 18 anos poderiam tomar o reforço. O governo federal estuda dar uma 4ª dose também para os idosos.

Quem são os adolescentes com baixa imunidade

São considerados pessoas com baixa imunidade, ou seja, imunossuprimidas, aquelas:

  • Com imunodeficiência primária grave
  • Em quimioterapia para câncer 
  • Transplantados 
  • Que fazem uso de drogas imunossupressoras
  • Portadoras de HIV/Aids.
  • Pacientes em uso de corticóides (doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias)
  • Pessoas que usam drogas modificadoras da resposta imune
  • Pacientes com condições auto inflamatórias e doenças intestinais inflamatórias
  • Pessoas em hemodiálise
  • Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas

Como será a vacinação para adolescentes com baixa imunidade

De acordo com o Ministério da Saúde, a recomendação é para a aplicar a dose extra em adolescentes com baixa imunidade a partir de quatro meses depois da segunda dose. Apenas a vacina da Pfizer poderá ser usada nesses casos. Essa vacina também é a única que pode ser recebida por adolescentes com imunossupressão no esquema primário (3 primeiras doses).

Com a inclusão, adolescentes imunossuprimidos de 12 a 17 anos deverão receber as vacinas da seguinte forma: D1 (Pfizer) + D2 (Pfizer) + D3 (dose adicional, Pfizer) + D4 (dose de reforço, 4 meses após a D3, Pfizer).

SP terá quarta dose para a população em geral

Recentemente, o governador do Estado de Sâo Paulo, João Dória, anunciou que toda a população receberá a quarta dose da vacina, e não apenas os imunossuprimidos. “Avançando na segunda dose, nós poderemos avançar na dose de reforço, a quarta dose, seguindo uma ordem de faixa etária”, disse à Rádio Eldorado. A data de início da aplicação da quarta dose, no entanto, ainda não foi definida. Mas, ainda segundo o governador, a vacinação já foi confirmada pelo comitê científico e o estado está preparado para começar.

Outros estados também já planejam aplicar a quarta dose. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, pessoas com 60 anos ou mais e profissionais da saúde também já começaram a ser vacinados, assim como no Rio de Janeiro. Porém, segundo o Ministério da Saúde, a recomendação continua sendo apenas para grupos específicos de pessoas. Além disso, a pasta afirma que não há dados suficientes para a necessidade de aplicação da quarta dose da vacina.

Variante Ômicron avança no mundo

Após o surgimento da variante ômicron, meio milhão de mortes por Covid-19 foram registradas no mundo. O balanço é “mais do que trágico”, segundo a Organização Mundial da Saúde.

“Enquanto todos diziam que a ômicron era mais leve, não percebiam que meio milhão de pessoas morriam desde que a variante foi detectada”, disse o gerente de incidentes da OMS, Abdi Mahamud. “Na era das vacinas eficazes, meio milhão de pessoas morrem, isso é realmente algo mais do que trágico”, acrescentou. Segundo Mahamud, já foram registrados 130 milhões de casos e 500 mil mortes no mundo desde que a Ômicron foi considerada preocupante pela OMS, no fim de novembro.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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