22 semanas de gestação: como está o bebê nessa fase?

Com 22 semanas de gestação, ou o início do sexto mês, o bebê já tem o tamanho aproximado de um mamão papaia. Suas unhas já estão completas, e o feto passa a brincar e explorar as próprias mãos. Além disso, os ossos do ouvido provavelmente se formaram e a audição está em adaptação – por isso, pode ser interessante conversar com o pequeno pela barriga. Saiba mais sobre essa fase:

22 semanas de gestação: como está o crescimento do feto?

De acordo com o Dr Leonardo Valladão, ginecologista e obstetra da clínica Parto com Amor, com 22 semanas de gestação, o feto já tem entre 26 e 28 centímetros e cerca de 500g – mais ou menos o tamanho de um mamão papaia. Agora, ele irá crescer cada vez mais até o dia do nascimento!

Por isso, a mamãe também pode perceber uma barriga maior e mais protuberante (de 21 a 24 centímetros), além de aproximadamente 5,6 quilos a mais (se ela estava com um IMC entre 18,5 e 24,9 antes de engravidar).

Todos os órgãos do pequeno já estão formados, assim como seus membros (mãos e pés) e até unhas – ele, inclusive, passa a brincar com as mãozinhas, tocando o rosto e as orelhas. E por ainda ter certo espaço, ele se movimenta bastante.

Como os ossos dos ouvidos já estão completos e sua audição está em fase de adaptação, o bebê é capaz de escutar vozes do lado de fora da barriga. Por isso, os pais podem começar a conversar com ele, assim como colocar músicas calmas e relaxantes.

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Mudanças no corpo da mãe

A mamãe, que sentia náuseas e até vômitos no início da gestação, agora observa uma melhora nesses sintomas. Contudo, podem surgir gases, intestino preso, além de algumas contrações indolores esporádicas, segundo o obstetra.

Se a mulher não conseguir mais comer como antes, vale tentar fazer refeições menores com intervalos mais curtos entre elas – mas sempre com acompanhamento profissional, é claro. É interessante também diminuir o consumo de certos alimentos como a pimenta, já que é bem comum o surgimento de hemorroidas nessa etapa.

Os xixis também são cada vez mais frequentes, e é preciso ficar atenta a sinais como dor ou ardência ao urinar, pois podem significar uma infecção. A pressão arterial se eleva um pouco, e precisa ser monitorada a cada ida ao médico.

Por fim, as mudanças hormonais geram sentimentos mais exacerbados e aflorados. Portanto, nesse momento, contar com uma rede de apoio sólida pode fazer toda a diferença.

Quais exames fazer

O médico afirma que devem ser realizados:

• Novos exames de sangue (hemograma, hiv, sífilis, toxoplasmose) e urina (urocultura e urina tipo 1/EAS);
• Também é o momento da realização do ultrassom morfológico do 2° trimestre (entre 20 e 24 semanas), que avalia toda anatomia fetal a fim de diagnosticar malformações;
• “Junto do morfológico, é realizado um ultrassom transvaginal para a medida do colo uterino e para rastrear gestantes com maior risco de parto prematuro.”

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Perguntas frequentes

O que comer com 22 semanas de gestação?

A alimentação de uma gestante deve ser a mais equilibrada possível, independentemente do período no qual ela se encontra. Isso porque é a dieta adequada que irá proporcionar todos os nutrientes necessários para o correto desenvolvimento do bebê e a plena saúde da mãe. Assim, os riscos de complicações como diabetes gestacional, hipertensão, ganho de peso excessivo e até parto prematuro são diminuídos.

Por isso, a base do cardápio deve ser constituída por alimentos naturais, como vegetais, frutas, legumes, grãos, proteínas magras e água. Por outro lado, itens como álcool, carnes e peixes crus, doces, ultraprocessados e outros produtos ricos em conservantes e corantes precisam ser evitados e/ou diminuídos.

Com 22 semanas de gestação, devo tomar alguma vitamina?

Mesmo mantendo uma alimentação completa e equilibrada, é normal que a mãe precise suplementar certos nutrientes. Isso porque a mulher não utiliza a energia consumida apenas para a manutenção do seu corpo, mas também para a formação de um novo ser — o que exige mudanças físicas e metabólicas intensas.

As vitaminas e os minerais que elas geralmente precisam complementar são:

• Ácido fólico;
• Ferro;
• Ômega-3;
• Vitamina D;
• Zinco;
• Magnésio;
• Cálcio.

Contudo, é importante ressaltar: uso de suplementos não deve ser feito sem o acompanhamento de um médico ou nutricionista.

Isso porque antes de indicar quais substâncias a mãe deve tomar, o profissional capacitado faz uma avaliação da mesma, levando em conta fatores como idade, peso pré-gestacional, ganho de peso em outras gestações, atividade física praticada, atividade laboral, entre outros. Ele também pode pedir exames físicos e de sangue para calcular as dosagens ideais.

Fonte:

• Dr Leonardo Valladão (CRM: 112961), médico ginecologista e obstetra da clínica Parto com Amor.

Referências:

• Protocolos de uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na orientação alimentar de gestantes. Ministério da Saúde;
• Nutrição durante a gravidez. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).