Vitamina D em excesso pode prejudicar os ossos
Não há dúvida de que a vitamina D pode ajudar a construir ossos fortes. Mas, pode haver um ponto ideal quando se trata da quantidade.
Um estudo publicado no periódico de saúde americano Journal of the American Medical Association descobriu que, em comparação com pessoas que tomavam quantidades moderadas de vitamina D, os adultos que ingeriram grandes quantidades diariamente não apenas não obtiveram ganhos adicionais na densidade óssea, mas, em alguns casos, acabaram piorando a saúde dos ossos.
Testando altas doses de vitamina D
Os pesquisadores deram a mais de 300 adultos saudáveis doses diárias de 400 unidades internacionais (UI), 4.000 UI ou 10.000 UI de vitamina D suplementar. Todos os participantes foram submetidos a testes de densidade mineral óssea quando o estudo começou e depois da suplementação. Para contextualizar essas doses, 600 UI é a quantidade diária recomendada da substância para adultos até os 70 anos. Assim, 4.000 UI é considerado o limite superior do nível de ingestão tolerável; e 10.000 UI é uma megadose, muito além do que normalmente é recomendado.
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Com isso, comparado a apenas uma dose de 400 UI por dia, a análise não encontrou melhora na densidade óssea nas doses mais altas e até mesmo pode ter reduzido a densidade óssea. O mesmo resultado negativo foi encontrado em outros estudos randomizados de doses muito altas da vitamina.
Os perigos da megadose
Algumas sociedades profissionais incentivam o consumo de 5.000 UI a 10.000 UI de vitamina D por dia. Porém, este estudo fornece novas informações que podem levar alguns a repensar essas recomendações.
Sendo assim, essa é mais uma evidência de que doses altas não são aconselháveis. Portanto, em termos de saúde óssea, quando você atinge um certo nível de ingestão, aumentar essa quantidade não será benéfico.
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Além da redução da densidade óssea, os autores da pesquisa alertam que a alta dosagem de vitamina D pode levar à hipercalcemia, uma condição na qual se acumula muito cálcio no sangue. Isso pode causar a formação de depósitos nas artérias ou tecidos moles. Também pode predispor a pedras nos rins.