Vitamina B6 engorda? Especialista responde
De onde surgiu a ideia de que a vitamina B6 engorda, pouca gente deve saber. Mas a verdade é que o nutriente é essencial para manter diversas funções do organismo, e precisamos nos atentar para ingeri-lo adequadamente no dia a dia (através da alimentação). Saiba mais:
O que é a vitamina B6?
“A vitamina B6 é uma vitamina do complexo B, também conhecida como piridoxina. Ela atua como uma coenzima na quebra de proteínas. Isso significa que ela ajuda o nosso corpo a conseguir aproveitar melhor esse nutriente, promovendo diversos benefícios”, explica a médica endocrinologista Viviane Molinos.
A vitamina B6 também tem um papel fundamental na multiplicação de todas as células, pois facilita a respiração celular. Além disso, a piridoxina participa da formação de hemoglobinas (células do sangue que carregam o oxigênio) e de anticorpos.
Desse modo, a ingestão adequada da vitamina B6 ajuda a prevenir e tratar a anemia, além de prevenir as perdas de memória e de capacidades cognitivas, desempenhando um papel fundamental no cérebro. Ainda, atua na formação de neurotransmissores como a serotonina, hormônio que pode influenciar a saúde mental.
Deficiência no corpo
De acordo com a especialista, a deficiência do nutriente pode gerar anemia e sintomas relacionados ao sistema nervoso, como cansaço, sonolência e depressão. “É possível que surjam ferimentos na boca e inchaço na língua”, complementa.
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Afinal, a vitamina B6 engorda?
Pode ficar tranquilo: não há qualquer estudo que prove que a vitamina B6 engorda ou causa o ganho de gordura. “Ela não leva ao aumento de peso porque não causa retenção de líquidos e nem aumenta o apetite. No entanto, ela favorece o aumento dos músculos, e isso faz com que a pessoa fique mais musculosa — e, consequentemente, mais pesada”, diz a profissional. O que não é necessariamente ruim, não é mesmo?
Para verificar se você anda consumindo adequadamente o nutriente, é necessário realizar um exame de sangue. Caso o resultado mostre que as quantidades da substância não são suficientes no seu organismo, consulte um médico, que poderá receitar suplementos e dar dicas alimentares para equilibrar a taxa. Mas lembre-se: nada de tratar por conta própria, viu?
Fonte: Viviane Molinos, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).