Vai viajar? Cuidados que devemos tomar ao treinar na praia
Verão chegando, e muita gente só pensa em uma coisa: correr para a praia e beber uma bela água de coco enquanto aprecia a paisagem! Contudo, há também aqueles que não querem deixar os exercícios de lado. Para treinar na praia com segurança, é preciso tomar alguns cuidados. Quem explica cada um deles é o profissional de educação física e influenciador Aurélio Alfieri:
Cuidado com o sol ao treinar na praia
“Algumas pessoas vão praticar atividade física e esquecem de aplicar o protetor solar, tendo sérias queimaduras depois”, alerta o especialista.
Por isso, para evitar o problema, ele recomenda o uso de protetor solar (com aplicações frequentes no rosto e em áreas expostas) e de camisetas de manga comprida com proteção UV — chapéus e bonés também são bem-vindos.
Por fim, vale evitar ir à praia nos horários em que os raios solares estão mais fortes, isto é, das 10h às 16h.
Leia também: Por que alguns atletas estão treinando de máscara na Copa?
Priorize a hidratação
Em dias normais, o recomendado é que um adulto beba, no mínimo, dois litros de água por dia. Levando em conta o calor da praia e os exercícios, essa necessidade pode aumentar por conta da transpiração — e chegar a até três litros! Ficou em dúvida sobre a quantidade ideal para você? Faça a simulação:
Aurélio diz que, no verão, os episódios de desidratação são muito comuns. E quando sentimos sede, é porque já estamos desidratados. “Um corpo bem hidratado, além de ter uma pele bonita, é mais eficiente, consegue eliminar as toxinas de forma mais eficaz e também protege órgãos como coração, rins e todo o sistema fisiológico.”
Por isso, beba líquidos! “Imagine que um copo tem cerca de 200ml. Então, para você tomar dois litros de água, seriam dez copinhos”. Para que esse controle fique mais fácil, o profissional recomenda utilizar uma garrafinha (pode ser de 500ml, 1L, 1,5L…). “Você consegue, assim, contar quanta água está consumindo.”
Vai treinar na praia de areia fofa? Precauções
Treinar em praias que têm areia fofa pode trazer alguns benefícios. Caminhar nesse tipo de terreno, por exemplo, ajuda a alongar e fortalecer os músculos do pé e do tornozelo, além de massagear a sola.
Além disso, o personal afirma que o hábito é ótimo para desenvolver equilíbrio, mobilidade e propriocepção (capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo).
Contudo, também há desvantagens. Como o risco de pisarmos em latinhas, cacos de vidro e palitos de madeira — às vezes, até uma concha ou animais podem machucar.
“E um corte, com areia, pode infeccionar, o que pode deixar a pessoa um bom tempo sem treinar. Por isso, eu não recomendo corridas na areia fofa, a não ser que você saiba muito bem onde está pisando.”
Ademais, é preciso prestar atenção em buracos para evitar torções.
Leia também: Como aumentar os resultados da academia no corpo
Na areia dura, a questão é a inclinação
Aurélio explica que o problema da areia dura é a sua inclinação — afinal, o terreno geralmente não é tão plano e estável quanto o asfalto. “Mais perto da água é o ponto mais baixo, e mais longe da água normalmente é um ponto mais alto.”
Aí, quando você caminha ou corre na areia dura, pode acabar sobrecarregando o joelho, o tornozelo e o quadril no lado do corpo mais próximo à água. “Comparando com um carro: se o seu veículo está desalinhado, um dos lados do pneu vai queimar mais rapidamente.”
Desse modo, maiores são as chances de lesões. Mas o especialista explica que isso não quer dizer que você não deva treinar na areia dura. “Se a inclinação for acentuada, faça caminhadas mais curtas, e ao primeiro sinal de dor no joelho ou nas costas, interrompa a atividade imediatamente — volte pela calçada.”
Movimente-se em grupo
Para finalizar, o personal dá uma dica de ouro. Coloque a família toda para se mexer com esportes em grupo! Jogar bola, soltar pipa, praticar vôlei na areia, praticar frescobol, stand up paddle, beach tennis, surfe… A opções são inúmeras.
Fonte: Aurélio Alfieri, profissional de educação física e influenciador.