Tirosina: para que serve e alimentos para ingerir
A suplementação de aminoácidos e vitaminas é muito comum. Mas, pode causar efeitos colaterais caso não exista acompanhamento médico. É o caso da tirosina, um aminoácido não essencial que tem ganhado suplementos de diferentes marcas. Veja o que você precisa saber sobre a substância.
Para que serve a tirosina?
A tirosina é um dos 22 aminoácidos que nosso organismo precisa. Ela está dentro da categoria dos aminoácidos não essenciais, ou seja, aqueles que são fabricados pelo próprio organismo e não precisam ser obtidos através da alimentação.
“O corpo humano, através da alimentação equilibrada e balanceada, fabrica aminoácidos. Aminoácidos formam proteínas, anticorpos e células. Ou seja, são obrigatórias para o desenvolvimento normal da saúde de uma pessoa”, explica Dr. Carlos Machado, médico especialista em medicina preventiva.
De acordo com o médico, a principal função da tirosina é participar da fabricação de diversos produtos do organismo, como células, glóbulos vermelhos e glóbulos brancos. Ela também contribui para o funcionamento da glândula tireoide, já que participa da produção de hormônios que regulam o metabolismo. Esse aminoácido pode ainda melhorar os efeitos neurológicos, metabólicos e cerebrais, além de diminuir o estresse e a fadiga.
“Outra importante ação da tirosina é a participação na fabricação da melanina, o pigmento que dá cor ao cabelo e à pele”, afirma o especialista.
Alimentos e suplementação
O corpo humano é capaz de produzir a tirosina, já que ela é um aminoácido não essencial. No entanto, algumas pessoas desenvolvem uma deficiência dessa substância, o que exige uma obtenção alternativa desse aminoácido.
Os alimentos que contêm tirosina são as proteínas de origem animal, como ovo, leite, carnes de porco, peixe e vaca, frutos do mar e também os grãos, como feijão, abóbora, soja, e algas.
Nos casos de deficiência mais elevada, é necessária a suplementação de tirosina. Mas atenção: o médico enfatiza que essa necessidade só pode ser diagnosticada por um médico. Segundo Carlos Machado, caso a ingestão de suplementos seja feita sem orientação médica, pode haver desequilíbrios metabólico e nutricional do corpo, o que leva a efeitos colaterais.
“Em pessoas que já contam com problemas de tireoide ou neurológicos, como por exemplo o mal de Parkinson, a suplementação sem acompanhamento médico rigoroso não é indicada porque pode agravar quadro geral”, alerta.
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Fonte: Professor doutor Carlos Machado, clínico geral especialista em medicina preventiva e nefrologista.