Sintoma de leucemia infantil: mãe faz alerta sobre sinal atípico da filha
Câncer não é uma doença comumente observada entre os menores, mas pode acontecer e é preciso que especialistas estejam alertas. É o que relata a mãe Skye, no site Kidspot, sobre o sintoma de leucemia infantil atípico apresentado pela filha Brydee, na época com apenas cinco meses.
“Ela não tinha uma barriga gordinha e fofinha de bebê. Era grande, como de grávida”, lembra a mãe. Além disso, o histórico da pequena também chamava atenção da figura materna. Desde cedo, ela apresentava aftas que a impediram de ser amamentada. Em seguida, ela teve quadros de bronquite, bronquiolite e ao menos três internações.
Com a percepção sobre a barriga da filha, Skye decidiu levá-la para realizar um ultrassom mesmo sendo desacreditada por médicos que a diziam que bebês tão pequenos não têm câncer. “Só que eles têm”, enfatiza a mãe.
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Sintoma de leucemia infantil: o difícil diagnóstico
“No dia seguinte, o hospital me ligou com urgência para falar que os exames mostraram que seu baço estava aumentado e seus linfonodos também”, lembra Skye. Dessa forma, Brydee foi diagnosticada com Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ) em 2015.
“Os médicos disseram que havia apenas 50% de chance dela sobreviver. Isso é algo que nenhum pai quer ouvir. Mães e pais precisam confiar em seus instintos, ninguém conhece melhor seu filho do que você. Sinceramente, se você perceber que há algo de errado, faça o que for preciso para garantir que a criança esteja bem”, reforçou a figura materna.
Atualmente, com sete anos, a pequena já passou por diversas sessões de quimioterapia. Mas, mais do que isso, ela conseguiu o transplante de medula óssea e é embaixadora do Children’s Cancer Institute, na Austrália. O seu objetivo é que mais pessoas doem suas “pequenas células milagrosas”, como a mãe chama o processo carinhosamente, para que outras crianças tenham esperança de vida como Brydee.
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O que é a Leucemia Mielomonocítica Juvenil?
De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), a LMMJ é um tipo de leucemia bastante rara, pois não é aguda e nem crônica. Ela corresponde a cerca de 2 a 3% da incidência da doença no público infantil. “Em 95% dos casos, apresenta-se abaixo dos dois anos de idade”, destaca a organização.
Assim, a enfermidade tende a ser bastante agressiva e os principais sintomas apresentados pelos menores são:
- Palidez;
- Febre;
- Tosse;
- Dificuldade para respirar;
- Lesões de pele;
- Sangramentos;
- Aumento do baço e do fígado.
Dessa forma, como aconteceu com Brydee, o principal tratamento para a Leucemia Mielomonocítica Juvenil é o transplante de medula óssea. Portanto, não há nenhum tratamento quimioterápico específico para esse tipo de câncer em crianças.
Referências:
- Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale);
- Oncoguia.