Síndrome metabólica e suas relações com a obesidade

Saúde
06 de Setembro, 2022
Síndrome metabólica e suas relações com a obesidade

A síndrome metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica — isto é, a dificuldade de ação da insulina (hormônio que controla as taxas de açúcar no sangue). Ela pode se manifestar de diferentes formas, sendo o acúmulo excessivo de gordura uma delas. Entenda melhor sobre a relação entre síndrome metabólica e obesidade:

O que é considerada a síndrome metabólica?

De acordo com a médica endocrinologista Dra Pâmela Moraes, do Grupo HealthSculp, não existe uma única definição de síndrome metabólica. Ela varia, inclusive, dentro de entidades oficiais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa de Educação Nacional do Colesterol dos Estados Unidos (NCEP).

Aqui no Brasil, normalmente considera-se um diagnóstico de síndrome metabólica quando o paciente apresenta pelo menos três dos seguintes critérios:

  • Obesidade central (ou seja, quando a circunferência da cintura é maior que 88cm para mulheres e 102cm para homens);
  • Hipertensão arterial;
  • Glicemia alterada (acima de 110 ou em casos de diabetes);
  • Dislipidemia (triglicerídeos acima de 150 ou HDL abaixo de 50 em mulheres e de 40 em homens).

Qual a relação entre síndrome metabólica e obesidade?

Como deu para perceber, a obesidade é um dos fatores que levam ao diagnóstico da síndrome metabólica. “Isso porque a síndrome metabólica ocorre em maior proporção em pessoas que estão acima do peso, já que ela é caracterizada pela resistência do corpo à ação da insulina — o hormônio responsável pelo metabolismo da glicose”, explica a médica.

Mas, como também já citado anteriormente, o sobrepeso e a obesidade não são os únicos sinais da síndrome. Portanto, na hora da investigação, o especialista também leva em conta a pressão arterial, a glicemia e os níveis de HDL e triglicérides.

Leia também: Entenda as possíveis relações entre alimentação e esclerose múltipla

Quais os principais tratamentos?

A Dra Pâmela Moraes cita mudanças no estilo de vida, com pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana. Além disso, adotar uma dieta equilibrada e que vise o emagrecimento pode ser interessante — uma vez que uma redução de apenas 10 a 15% do peso corporal do paciente já é capaz de trazer benefícios cardiovasculares.

Por fim, em alguns casos, também se faz necessário o uso de medicamentos, como sensibilizadores da insulina para baixar o açúcar no sangue; substâncias que ajudam a estabilizar a pressão arterial em caso de hipertensão; e estatinas ou ômega-3 para melhorar o perfil lipídico.

Fonte: Dra Pâmela Moraes, médica endocrinologista do Grupo HealthSculp.

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