Sinais de fome e saciedade: quando é hora de parar de comer?

Alimentação Bem-estar
31 de Julho, 2023
Sinais de fome e saciedade: quando é hora de parar de comer?

Você tem dificuldade de identificar o momento de parar de comer – e só percebe que passou dos limites quando a barriga já está doendo? Não conseguir reconhecer os sinais de fome e saciedade que o corpo dá pode trazer certos desconfortos gástricos, mas vai além: a longo prazo, o risco de desenvolvimento de condições como sobrepeso e diabetes aumenta. Saiba mais:

Sinais de fome e saciedade: como funcionam?

A nutricionista Shirlei Tessarini, professora e coordenadora do curso de Nutrição da Estácio, explica que o organismo nos dá sinais de que está na hora de se alimentar ou de parar de comer.

Quando precisamos de nutrientes, por exemplo, podemos sentir dor de cabeça, tontura, cansaço, irritabilidade e dificuldade de se concentrar. “Precisamos estar atentos para não confundir, pois o centro da fome localizado no hipotálamo (glândula do cérebro) fica muito próximo do centro que controla a sede”, ela diz.

Por isso, não é incomum acharmos que estamos com fome, quando na realidade estamos com sede. Para evitar o problema, a especialista recomenda reforçar o consumo de água, garantindo que ele seja adequado ao longo do dia.

“Principalmente em três momentos mais importantes: logo ao acordar (em jejum), antes das refeições (15 minutos antes) e antes de dormir (15 minutos antes). Desse modo, o corpo estará hidratado e preparado para desempenhar as suas funções orgânicas”, complementa.

Outra questão que atrapalha o apetite e pode nos confundir é o chamado “gatilho relacionado à fome emocional”. Trata-se do desejo de comer, mesmo sem necessariamente precisarmos de nutrientes.

“Esses gatilhos são variados, dependem do momento e da realidade de cada pessoa, de como ela se relaciona com o alimento e de sua história de vida. Sabemos que algumas situações podem desencadear esses gatilhos, por exemplo: a ansiedade, o estresse ou a raiva, o tédio ou cansaço, a dor e o luto, e a recompensa – aquela desculpa para poder comer algo, ‘porque eu mereço’”, explica a nutricionista.

Nesses casos, a pessoa geralmente também não tem controle sobre a hora de parar.

O que acontece quando ignoramos os sinais de fome e saciedade?

Em um primeiro momento, podem surgir desconfortos gástricos, como dor no estômago, abdômen estufado, queimação e produção excessiva de gases.

A longo prazo, ignorar a sua saciedade aumenta as chances de sobrepeso ou obesidade, diabetes tipo 2, triglicerídeos elevados, colesterol desequilibrado, hipertensão e outras complicações.

Leia também: Como controlar o apetite durante o frio

Dicas para melhorar essa relação

Shirlei Tessarini afirma que, ao lado do nutricionista, o paciente precisa desenvolver uma alimentação intuitiva. “É a capacidade de distinguir a fome biológica da emocional e, a partir desse entendimento, buscar outras ferramentas para lidar com as emoções difíceis, como estresse e ansiedade, assim como se permitir sentir o prazer de uma boa refeição”. Para tal, ela elenca algumas dicas:

  • Estar presente no momento da refeição: desligue os aparelhos eletrônicos e fique longe do celular enquanto come;
  • Perceber o alimento: preste atenção na textura, no sabor e no cheiro de tudo o que você come, degustando e saboreando o prato;
  • Mastigar devagar: tente não comer rápido demais.

Fonte: Shirlei Tessarini, nutricionista, professora e coordenadora do curso de Nutrição da Estácio.

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