Retinopatia diabética: O que é, sintomas e tratamentos
No dia a dia, é imprescindível que pessoas com diabetes adotem medidas para equilibrar a glicemia (taxa de glicose presente na corrente sanguínea). Isso porque, se descontrolado, o nível de açúcar no sangue pode desencadear problemas sérios para o paciente, incluindo a retinopatia diabética — que, se não tratada, pode levar à cegueira. Entenda melhor a seguir:
O que é a retinopatia diabética
Trata-se de uma complicação do diabetes e a maior causa de cegueira em adultos (146 milhões de pessoas têm ela, segundo a OMS). Ela acontece sobretudo quando a doença não é tratada, pois a hiperglicemia gera alterações nos vasos sanguíneos presentes na retina (região do olho responsável por formar as imagens e enviá-las ao cérebro). Mas também pode acontecer em pessoas que usam anti-diabéticos orais (diabetes tipo 2) ou insulina (diabetes tipo 1)
Além disso, outros fatores, quando associados ao diabetes, aumentam o risco de retinopatia:
- Hipertensão arterial;
- Colesterol alto;
- Fumar;
- Questões genéticas.
Vale lembrar, também, que a condição tende a avançar mais rapidamente em grávidas com diabetes gestacional. Portanto, é importante fazer um check-up oftalmológico com frequência.
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Tipos de retinopatia diabética
Dependendo do grau, extensão e localização da complicação, ela pode ser dividida em:
Retinopatia diabética não proliferativa
Estágio menos avançado. Nele, há pequenos aneurismas (vasinhos dilatados), hemorragias e vasos obstruídos na região do olho. Dessa forma, diversas áreas ficam sem receber sangue e oxigênio adequadamente.
Se a mácula (centro da retina) não for afetada, a pessoa provavelmente não apresenta sintomas e nem dificuldade em enxergar — o que é perigoso, porque a doença é silenciosa.
Retinopatia diabética proliferativa
Fase mais avançada. Há o nascimento de novos vasos sanguíneos na superfície da retina. Eles são muito frágeis, mas geralmente crescem sem causar danos aos olhos. Contudo, podem se romper e liberar sangue, provocando a cegueira.
Além disso, não é incomum o surgimento de uma espécie de cicatriz que, por sua vez, pode levar ao descolamento da retina. Assim como o aparecimento de edema macular diabético, causado por um acúmulo de líquido na mácula.
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Sintomas e diagnóstico
No começo, a retinopatia diabética costuma ser assintomática. Por isso, o paciente deve ficar atento e procurar realizar exames oculares ao menos uma vez por ano. Por outro lado, pessoas em fases mais avançadas podem apresentar visão turva.
Quatro são os testes que identificam a condição: análise de fundo ocular, dilatação, tonometria e angiografia fluoresceínica.
Tratamento
O tratamento é definido levando em conta o estágio da doença e, geralmente, tem por objetivo retardar a sua progressão, pois a parte da visão perdida não tem como ser recuperada. São recomendados injeções intravítreas de antiangiogênicos (dentro do olho), procedimentos com laser ou cirurgia de vitrectomia (sangue e líquidos são retirados do olho e substituídos por soro).