Remédios para emagrecer funcionam mesmo?

Alimentação Bem-estar
17 de Julho, 2019
Remédios para emagrecer funcionam mesmo?

Remédios para emagrecer estão sempre na mira de quem deseja eliminar os quilos a mais.

O excesso de peso é um problema cada vez mais presente, e nem todos conseguem emagrecer facilmente ou adotar rotinas saudáveis e se dedicar a atividades físicas com frequência. 

Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde, mais da metade da população brasileira se encontra acima do peso, sendo que ao redor de 20% já é considerada obesa. A tendência não é de melhora e as frequentes tentativas frustradas de vencer o excesso de peso por aí só tornam a situação mais preocupante.

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É nesse cenário que entra o polêmico uso de remédios para perder peso. Muito se debate sobre a eficácia desses fármacos, quem pode ingerí-los e quando os medicamentos devem ser adotados. 

Remédios disponíveis hoje para tratar o excesso de peso

Sibutramina: antidepressivo com ação no sistema nervoso central. Como pode trazer riscos cardíacos, seu uso é bem controlado.

Orlistate: diminui a absorção de gordura da dieta, que é eliminada nas fezes. Seu efeito na perda de peso é limitado.

Liraglutida: imita a ação do hormônio GLP-1, originalmente fabricado pelo intestino. O objetivo é induzir uma maior saciedade.

Lorcaserina: mexe com o neurotransmissor serotonina e faz com que o indivíduo se sinta satisfeito mesmo comendo menos.

Quando a ingestão de remédios pode ser uma solução para o emagrecimento

A ingestão de substâncias para reduzir o peso deve ser adotada em último caso. Primeiro, deve-se adotar hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercícios constantemente. 

“Se após a fase inicial os resultados forem insatisfatórios e o paciente ainda se enquadrar como obesidade segundo os padrões da Organização Mundial da Saúde, a ingestão dos remédios é uma alternativa válida, desde que haja acompanhamento médico e realização periódica de exames”, explica a endocrinologista Glauce Duarte, formada pela Universidade de Campinas (UNICAMP).

“É fundamental a participação do nutricionista para estabelecer limites, organizar as refeições e se reeducar para atingir os objetivos estéticos preservando a saúde do paciente”, complementa a nutricionista Bianca J Batista, de São Paulo. 

Segundo especialistas, os tipos de remédio para emagrecer são recomendados apenas para dois grupos de pessoas:

  • Indivíduos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 30;
  • Indivíduos com IMC igual ou maior que 25 com a presença de alguma doença associada à obesidade, como dislipidemia ou diabetes tipo 2.

As diferentes aplicações das substâncias para o emagrecimento

De maneira geral, pode-se dividir em dois grandes blocos a atuação dos remédios para o emagrecimento. Os inibidores de apetite e queimadores de gordura. O primeiro atua sob diferentes aspectos no sistema nervoso e endócrino. Assim, o paciente passa a ingerir menos calorias do que inicialmente, o que gera déficit calórico (maior gasto calórico em relação à ingestão) alcançando, por conseguinte, o emagrecimento. 

Já o segundo é caracterizado pela atividade exclusiva na digestão, inibe-se o organismo de absorver a gordura, macro nutriente essencial que se ingerido em excesso causa o aumento de peso.

“O ideal, principalmente para os inibidores de apetite, é a integração de uma nova dieta para o paciente, visto que a permanência da ingestão de alimentos pouco nutritivos com altos índices de gordura retalham o efeito da droga”, entrega a nutricionista. 

Possíveis efeitos colaterais dos remédios 

Assim como há diferenças entre os medicamentos, os efeitos colaterais variam a depender da sua atuação. 

Os inibidores de apetite contam com uma série de colaterais, são eles:

Irritabilidade;

Depressão;

Taquicardia;

Aumento da pressão arterial. 

Os inibidores de absorção de gordura apresentam colaterais mais leves como:

Diarréia;

Dores estomacais e indigestão.

Remédios para emagrecer viciam?

Mito. O que acontece é que, pela obesidade ser uma doença crônica, é preciso fazer uso deles por longos períodos. Quando o paciente para de tomar, a doença volta a se manifestar com intensidade.

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