Reações da vacina da gripe: conheça as principais
Com o início da campanha de vacinação contra a gripe, muitas pessoas se preparam para se imunizar. No entanto, com a pandemia de Covid-19, muitas pessoas têm receio em relação às reações adversas que as vacinas podem causar. Mas será que isso também acontece com o imunizante contra influenza? Saiba quais são as reações da vacina da gripe mais comuns, bem como as que são mais raras de acontecer.
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As possíveis reações da vacina da gripe
A vacina contra a gripe é a melhor forma de prevenir contra a doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos da gripe variam de quadros leves a formas graves e que podem, inclusive, levar a óbito. Dessa forma, o que não faltam são razões para se vacinar.
De acordo com a Dra. Lorena de Castro Diniz, Coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), a vacina contra gripe é uma vacina não viva, isto é, feita com o vírus inativado. Dessa forma, quando ocorrem reações, geralmente os sintomas são leves, como febre e dor local, por exemplo. Além disso, geralmente os efeitos são benignos e de curta duração. “Raramente pode ocorrer uma reação mais importante como, por exemplo, uma reação alérgica”, explica.
De qualquer forma, podem ocorrer efeitos adversos. A maioria deles não são preocupantes e muito raramente podem gerar complicações graves que necessitem atendimento médico. Conheça agora as mais comuns e aquelas consideradas raras.
Reações mais comuns
Entenda abaixo os efeitos adversos comuns que podem ocorrer após a imunização. Lembrando que as reações são individuais.
- Reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço, por exemplo).
- Febre
- Inapetência (falta de apetite)
- Irritabilidade
- Mal-estar
- Dor de cabeça
Reações da vacina da gripe raras
De acordo com o Ministério da Saúde, as reações da vacina da gripe que geram hipersensibilidade (alérgicas) são raríssimas e podem estar associadas a qualquer componente presente na vacina. As manifestações neurológicas também são raras. Porém, algumas vacinas podem anteceder o início da Síndrome de Guillain-Barré (SGB), doença em que o sistema imunológico ataca os nervos. Normalmente, os sintomas aparecem entre 1 a 21 dias e no máximo até 6 semanas após a vacinação. O próprio vírus influenza pode desencadear essa síndrome e a frequência é de 1 caso por milhão de vacinas administradas.
Todos os casos de efeitos adversos graves e incomuns devem ser investigados por profissionais de saúde. “Se a reação for leve, como dor local e febre, o tratamento será através de sintomáticos. Mas se os sintomas forem mais importantes, deve-se procurar por atendimento médico imediato e a reação deve ser notificada”, completa a especialista em alergia e imunologia.
Quem teve reações à vacina da gripe deve se imunizar?
Ainda segundo a Dra. Lorena, os pacientes com história de reação de hipersensibilidade à dose anterior devem passar por uma avaliação médico especialista para avaliar o risco X benefícios de uma próxima dose.
Vacinação contra gripe incluirá nova cepa
De acordo com o Ministério da Saúde, 80 milhões de doses da vacina Influenza trivalente estarão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante produzido pelo Instituto Butantan garantirá eficácia contra as novas cepas, como H1N1, H3N2 e tipo B, por exemplo.
Vacina da influenza e da Covid podem ser aplicadas no mesmo dia?
As vacinas contra a Covid-19 e contra o vírus influenza poderão ser administradas simultaneamente. Em outras palavras, não é necessário com qualquer intervalo entre os imunizantes, assim como as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação em pessoas a partir de 12 anos.
No entanto, as crianças de 5 a 11 anos deverão aguardar um período de 15 dias entre a vacina Covid e influenza. Além disso, a prioridade é que esse público receba primeiro a vacina contra o novo coronavírus.
Tomei a vacina contra influenza há menos de 1 ano. Devo tomar novamente?
De acordo com a Dra. Bianca Noleto Ayres Guimarães, infectologista e alergista, é fundamental que todos tomem a vacina da gripe na campanha de imunização de 2022, inclusive quem se vacinou há menos de 1 ano.
“Quem tomou a vacina no final de 2021 ou antes de completar 1 ano do início da campanha de 2022 deve sim receber o imunizante”, afirma. Isso porque, segundo a médica, as vacinas que serão distribuídas na campanha nacional de vacinação de 2022 já incluirão a nova cepa da gripe H3N2, chamada de variante Darwin, responsável pela alta de casos em 2021.
“É importante todo mundo se vacinar novamente. Todo ano, quando inicia-se uma nova campanha, precisamos ir aos postos tomar a vacina, pois além dos imunizantes terem formulações diferentes, a gente sabe que a imunidade não é duradoura, ou seja, a produção de anticorpos e a resposta celular diminui com o passar dos meses”, reforça a especialista.
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Fonte: Dra. Lorena de Castro Diniz, Coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Dra. Bianca Noleto Ayres Guimarães, membro do Departamento Científico de Imunização da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.