Quem tem colesterol alto pode comer cuscuz?
Quem convive com o chamado “colesterol alto” ouve muitos conselhos a respeito da alimentação. O consumo (ou não) de carboidratos é um deles. Não é à toa, então, que muita gente fica em dúvida: quem tem colesterol alto pode comer cuscuz? Saiba mais:
O que é colesterol?
O colesterol é um composto orgânico essencial para o funcionamento do organismo. Ele circula pelo sangue e pelos tecidos e tem funções variadas. Contribui, por exemplo, para a produção de cortisol (que controla o estresse) e de hormônios sexuais. Também ajuda na síntese de vitamina D e de ácidos envolvidos na digestão de gorduras no trato gastrointestinal.
Essa substância é solúvel apenas em gorduras, portanto, precisa ser transportada pelo sangue através de lipoproteínas: o HDL (High Density Lipoprotein, o considerado “bom”) e o LDL (Low Density Lipoprotein, o “ruim”).
“Apesar de importante, esse composto gorduroso não deve ultrapassar valores considerados limites. Sendo, portanto, indispensável o acompanhamento de um médico para maior segurança do paciente. Isso porque colesterol corretamente interpretado como elevado pode predispor a cardiopatias”, explica a nutricionista Dayse Paravidino.
No geral, valores considerados normais são:
- Colesterol Total dividido pelo HDL = (menor que 4,5);
- Triglicerídeos divididos pelo HDL = (menor que 2);
- HDL acima de 40.
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Quem tem colesterol alto pode comer cuscuz?
“Justamente por ser à base de farinha de milho, o cuscuz nordestino poderá não ser a melhor opção para quem está de olho no colesterol. Comer uma espiga de milho não tem o mesmo efeito metabólico do que comer farinha de milho”, diz a profissional.
Isso acontece porque quando refinamos qualquer alimento para transformá-lo em farinha, são destruídas estruturas celulares importantes, que tornariam a absorção dos carboidratos pelo corpo mais lenta. Além disso, a especialista explica também que quando consumimos algo refinado, costumamos comer mais (por se tratar de um alimento concentrado).
E aí, já viu: carboidratos em excesso no organismo acabam sendo estocados em forma de gordura. Contudo, isso não quer dizer que você nunca mais vai poder comer cuscuz na vida: ele pode, sim, fazer parte de uma dieta saudável. O ideal, então, é contar com a ajuda de um nutricionista, que montará um cardápio com equilíbrio de macronutrientes para não haver exageros e sem excluir os alimentos que você gosta.
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Fonte: Dayse Paravidino, nutricionista, membro da Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) e da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil (ASBRANMI).