Quantas vezes por semana posso comer atum em lata?
Chegou a hora do almoço ou do jantar, e você percebe que não tem nenhuma fonte de proteína pronta na geladeira. Nessas horas, pode ser muito prático abrir aquela lata de atum escondida no armário. Mas quantas vezes por semana é indicado comer atum em lata? Confira:
Atum em lata: benefícios
De acordo com o nutricionista Diogo Venezian, professor do curso de Nutrição da Estácio, o atum contém proteínas de alta qualidade, além de gorduras insaturadas, como ômega-3 (consideradas “saudáveis” para nós).
“É um alimento rico que possui uma variedade de nutrientes importantes, por exemplo: vitaminas do complexo B (B1, B3, B6 e B12) e minerais como selênio, fósforo, ferro, magnésio, potássio, sódio e zinco. Contudo, assim como todo alimento processado, devemos ter cautela em seu consumo”, complementa o profissional.
Afinal, quantas vezes por semana posso comer atum em lata?
O especialista explica que o ideal é consumir de duas a três porções de peixe na semana, sendo apenas uma delas o atum em lata, por exemplo.
Mas é claro que isso varia de pessoa para pessoa. Para aquelas que já apresentam um quadro de hipertensão, o alimento pode contribuir para o aumento da pressão arterial, uma vez que algumas marcas carregam altas doses de sódio na composição. De qualquer forma, consulte o seu nutricionista.
Ademais, vale variar as fontes de proteína sempre que você puder. Fazer isso também evita a monotonia alimentar (quando comemos sempre as mesmas coisas), hábito que eleva os riscos de deficiências nutricionais. Confira algumas opções além do atum:
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Em óleo, água, pedaços, sólido… Qual é o melhor tipo?
Você provavelmente já reparou que, na prateleira do mercado, há várias opções diferentes de atum em lata: em água, em óleo, sólido, em pedaços, ralado… Será que todas são iguais?
A resposta é não. Diogo Venezian indica preferir o atum em óleo ao em água, pois a segunda opção pode deixar o peixe com algum metal pesado (chumbo, por exemplo). “Dessa forma, esse material pode ficar alojado no alimento, causando uma intoxicação em nosso organismo”, ele diz.
Outro exemplo de substância que se acumula em peixes grandes, como o caso do atum, é o mercúrio. O mineral, quando emitido na atmosfera, pode se depositar nos tecidos do animal. Assim, se consumido em excesso, é prejudicial à saúde — por isso, órgãos de saúde aconselham moderar a ingestão, especialmente grávidas, lactantes e crianças.
Por outro lado, o óleo, por ter afinidade com os metais pesados, “atrai” os mesmos, fazendo com que eles sejam descartados quando a gente drena o peixe.
Por fim, outra recomendação é priorizar a forma sólida do atum em lata. Isso porque fica mais fácil descartar o óleo na hora de consumir.
Fonte: Diogo Venezian, professor do curso de Nutrição da Estácio.