Movimentos no trabalho não contam como exercício e trazem riscos

Bem-estar Movimento
01 de Julho, 2022
Movimentos no trabalho não contam como exercício e trazem riscos

Que praticar exercícios com regularidade é importante para a saúde do corpo (e até para o humor), você provavelmente já sabe. Mas e as pessoas que possuem profissões que exigem movimentos repetitivos, podem considerar as horas trabalhadas como atividade física? Entenda melhor:

Profissões com movimentos repetitivos podem ser consideradas exercícios?

De acordo com o personal trainer Giulliano Esperança, os exercícios físicos têm objetivo, sequências apropriadas com séries, repetições e tempo definidos previamente. Todo esse cuidado tem o intuito de trazer alguns benefícios para o corpo (melhorar a capacidade cardiorrespiratória e aumentar a força muscular, por exemplo) e evitar que a pessoa se machuque.

Por isso, e ainda segundo ele, “trabalho é trabalho” (por mais que exija um certo condicionamento físico), e não deve contar como atividade física. Aliás, práticas repetitivas, quando feitas de maneira incessante ou errada, são potencialmente nocivas — seja para a coluna, as articulações ou a região em questão.

No entanto, uma coisa é certa: trabalhos que exigem do corpo são melhores para o metabolismo quando comparados a profissões nas quais os trabalhadores passam o dia todo sentados. “Apesar disso, todos nós precisamos do exercício físico para a reprogramação corporal, porque o exercício promove o fortalecimento das articulações mais exigidas no expediente, assim como pode evitar as lesões por esforço repetitivo”, complementa.

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Quanto uma pessoa deve se exercitar?

Apesar de alguns órgãos de saúde darem as suas recomendações (a Organização Mundial da Saúde fala em pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de exercícios intensos por semana), Giulliano Esperança explica que definir um mínimo pode desmotivar a pessoa, impedindo que ela crie coragem e tenha força emocional para começar.

Por isso, o mais interessante seria tentar, primeiro, encaixar o treino como parte da rotina. “Praticar cinco minutos todos os dias é muito melhor que nada, e pode ser exatamente o que vai definir a sua segurança metabólica contra as doenças crônicas degenerativas.”

Para o especialista, exercícios leves e moderados promovem um impacto positivo e desejável no sistema imunológico. “Isso significa que devemos treinar todos os dias, simplesmente porque vivemos todos os dias. É evidente que pessoas treinadas precisam de um ciclo específico, intercalando treinos mais fortes com treinos mais leves. Agora, pensando na população geral, que precisa vencer o sedentarismo, é preciso sim do treino diário”, finaliza.

Fonte: Giulliano Esperança, personal trainer e diretor executivo do Instituto do Bem-Estar, em Rio Claro/SP.

Sobre o autor

Amanda Panteri
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em alimentação saudável.

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