Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT): Movimentos repetitivos podem ser a causa

Saúde
02 de Setembro, 2021
Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT): Movimentos repetitivos podem ser a causa

Por conta da pandemia da Covid-10, várias empresas adotaram o home office. Assim, as pessoas acabam trabalhando mais, permanecendo na mesma posição e fazendo movimentos repetitivos por muito tempo. No entanto, isso pode gerar consequências, como a Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT).

A SDT é uma condição clínica causada pela compressão de estruturas nervosas e vasculares na região inferior do pescoço, próxima à clavícula.

“Quando os nervos são acometidos, os sinais podem ser fraqueza, dormência e formigamento nos braços ou nas mãos. O comprometimento do fluxo sanguíneo pode causar inchaço e vermelhidão, uma aparência azulada na pele, ou ainda uma sensação gelada nos braços. Também pode se tornar difícil realizar atividades que exijam a elevação dos membros superiores”, relata o neurocirurgião Dr. Marcelo Amato.

Normalmente, a Síndrome do Desfiladeiro Torácico atinge jovens adultos entre 20 e 40 anos de idade.

Por que os movimentos repetitivos causam a SDT?

Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da doença.

“A doença é causada por uma variação anatômica, em que a pessoa apresenta uma costela cervical ou alguma aderência, banda fibrótica, nesta região. Essa estrutura causa a compressão neurológica ou vascular. Portanto, quando o diagnóstico clínico da síndrome é realizado, e nenhuma estrutura anômala é encontrada, levanta-se a hipótese de algum problema postural ou disfunção muscular”, explica o especialista. 

Sendo assim, o médico também afirma que movimentos repetitivos e uma postura inadequada dos ombros e do pescoço podem levar ao desenvolvimento da condição. 

Além disso, praticar atividade física sem o devido acompanhamento e realizar exercícios de forma errada também pode causar a SDT.

Tratamento para Síndrome do Desfiladeiro Torácico 

O tratamento irá depender da causa. “Se houver alguma estrutura anômala causando a compressão, e os sintomas forem graves, essa estrutura deve ser removida cirurgicamente. No caso da compressão por contratura muscular, o tratamento é clínico com reabilitação postural, fisioterapia, e relaxantes musculares. Assim, apenas em casos graves, a secção parcial e cirúrgica desse músculo pode ser realizada”, diz o Dr. Marcelo. 

Leia também: Nó muscular: Entenda o que é e como tratar

Dicas para evitar a síndrome

A boa notícia é que, adotando alguns hábitos, é possível evitar a síndrome. “Boa postura do pescoço para trabalhar, além de períodos de relaxamento e alongamento do pescoço e dos braços, ajudam a manter o equilíbrio muscular dessa região que é tão exigida no decorrer do dia de diversas profissões e também de quem passa horas no computador” finaliza o médico.

Fonte: Dr. Marcelo Amato, especialista em neurocirurgia e pioneiro no Brasil da cirurgia endoscópica de coluna.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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