Prisão de ventre na gravidez: dicas para lidar com o problema
A gestação costuma ser uma fase linda na vida das mulheres, mas também traz sintomas que às vezes incomodam, como enjoos, cansaço, sonolência, aumento da frequência urinária e dores nas costas. Em alguns casos, pode ocorrer até mesmo prisão de ventre na gravidez, inclusive em quem não costumava sofrer com o problema antes.
No estudo “Constipação na Gravidez”, por exemplo, pesquisadores analisaram a incidência de constipação em 41 gestantes sadias do Ambulatório de Obstetrícia da Santa Casa de São Paulo. Os resultados mostraram que a condição atingiu 27,6% das mulheres que não sofriam de sintomas antes de engravidar. O número equivale a uma em cada quatro grávidas.
De acordo com a nutricionista Juliana Le Luec, a prisão de ventre na gravidez é uma queixa comum em razão dos altos níveis hormonais presentes nesse período. “Durante a gestação, ocorre um aumento dos hormônios estrogênio e progesterona. Por consequência, um sintoma comum na gestação é a lentidão do trânsito intestinal”, explica.
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Alimentação balanceada para diminuir a prisão de ventre na gravidez
Os sintomas da constipação incluem a baixa frequência de evacuação, esforço para evacuar e alteração no formato das fezes, que se tornam duras e pequenas. Além disso, podem ocorrer quadros mais graves de sangramento ou fissuras anais provocadas pela passagem das fezes ressecadas.
“O ideal é ir ao banheiro diariamente. Se ficar três dias sem evacuar já pode haver um risco para a gestante. E se houver perda na qualidade de vida deve-se procurar um profissional para balancear a alimentação e sanar os sintomas”, aponta Juliana.
A prisão de ventre na gravidez pode ser evitada ou melhorada por meio de uma alimentação balanceada, que ajuda a estimular a musculatura do intestino. Segundo a especialista, dentre os pontos importantes estão a ingestão de fibras, o consumo de água e a prática regular de atividade física.
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Fuja dos processados para evitar a prisão de ventre na gravidez
“Os alimentos a serem evitados são os processados. Isso porque o processamento dos produtos alimentícios acaba retirando alguns nutrientes do alimento, sendo as fibras um deles.”
Com relação à ingestão de água, a recomendação para hidratação é de 35 ml por kg de peso ao dia. A água, aliás, é essencial para evitar a constipação, uma vez que as fezes são compostas dela. Portanto, se a gestante não ingerir água suficiente e estiver desidratada, o organismo tenta absorver o líquido das fezes, tornando-as ressecadas.
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Menos cafeína e mais atividade física
Quem sofre com a constipação na gravidez deve ficar atenta a tudo que consome. A nutricionista sugere sempre consultar a rotulagem nutricional dos produtos, observando especialmente a quantidade de fibras disponíveis. Além disso, a ingestão de refrigerantes e bebidas que contêm cafeína e álcool pode causar desidratação e deve ser evitada.
Por fim, a última recomendação é que a mulher continue ativa. “Recomendo a prática de qualquer atividade física, já que o exercício ajuda a melhorar os movimentos peristálticos e estimula a atividade muscular intestinal. O yoga também é uma alternativa muito legal para aliar à gestação.”
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Fonte: Juliana Le Luec, nutricionista.