Saiba tudo sobre a pílula anticoncepcional
Você resolveu adotar alguma estratégia para não engravidar. Mas diante de tantas opções existentes no mercado, fica difícil decidir qual pílula anticoncepcional é a melhor para o seu caso, não é mesmo?
Diante da infinidade de dúvidas que surgem a respeito do assunto, resolvemos te ajudar: neste episódio da quarta temporada do podcast De bem com você, da Vitat, Cris Dias bate um papo esclarecedor com o ginecologista Odair Albano sobre métodos contraceptivos. Não perca:
Conheça o convidado
Dr Odair Albano é médico ginecologista e obstetra. Além disso, é professor, palestrante, administrador/gestor e consultor em saúde.
Origens da pílula anticoncepcional
Lançada em 1960 nos Estados Unidos e em 1962 no Brasil, a pílula anticoncepcional significou uma verdadeira revolução para as mulheres no âmbito da concepção. O que foi muito de encontro com as mudanças no mercado de trabalho, na família e na sexualidade que estavam acontecendo ao redor do mundo.
Mas, de onde surgiu a ideia? De acordo com o médico, após muitos estudos, descobriu-se que a progesterona, um dos principais hormônios femininos, era capaz de inibir a ovulação e, consequentemente, evitar a gravidez.
“Contudo, quando você fazia isso, a mulher acabava não tendo ciclos menstruais regulares. O que gerava, desse modo, a preocupação em muitas sobre estar grávida ou não”, ele complementa.
Assim, os cientistas verificaram que outro importante hormônio feminino, o estrógeno, era capaz justamente de regular o ciclo. Então, com a combinação dos dois, foi criada a primeira pílula anticoncepcional.
É claro que os comprimidos passaram por muitas mudanças desde que ficaram disponíveis ao público. Para você ter uma ideia, as primeiras pílulas continham cerca de 10 vezes mais estrógeno e 164 vezes mais progesterona em comparação com as mais modernas existentes hoje.
Com o tempo, também foram lançadas novas formas, por exemplo:
- Injeção;
- Anel;
- Adesivo.
Qual a relação entre a pílula anticoncepcional e o tromboembolismo?
O Dr Odair Albano explica que é o hormônio estrógeno presente em algumas pílulas que possui uma relação direta com o tromboembolismo — formação de coágulos dentro da veia.
Em mulheres jovens, a incidência do problema gira em torno de cinco casos a cada 10 mil mulheres. Quando a pílula em questão combina estrógeno e progesterona, esse dado pode subir para 11 casos a cada 10 mil pessoas.
No entanto, fatores como idade, obesidade, hipertensão, diabetes, tabagismo e histórico familiar, por exemplo, aumentam ainda mais o risco de tromboembolismo. Para essas situações, os especialistas geralmente recomendam pílulas alternativas, como aquelas que combinam progesterona e drospirenona, uma substância sintética.
“Estas apresentam, ainda, vantagens. Por exemplo, a diminuição da acne e a ação diurética, que evita a retenção de líquidos”, diz o médico.
Por fim, o fato é que a modernização da pílula anticoncepcional aconteceu de forma tão eficaz que, hoje, já é possível encontrar a melhor alternativa para o seu caso, levando riscos e efeitos colaterais em conta.
Quer se é possível ficar sem menstruar com a pílula, se ficar sem fazer a pausa faz mal e outras informações? Então, assista o episódio completo do podcast!
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Sobre o De Bem Com Você
No podcast da Vitat, Cris Dias conduz conversas descomplicadas com especialistas e convidados para você descobrir como ficar de bem com você. A cada semana, um episódio novo será lançado. Confira os outros temas aqui!
E tem para todos os gostos: os bate-papos também ficarão disponíveis nas plataformas de áudio Spotify, Deezer, Google e Apple.