Pele de frango faz mal? Especialista responde

Alimentação Bem-estar
20 de Janeiro, 2022
Pele de frango faz mal? Especialista responde

Não podemos negar: a pele de frango, quando bem assada e crocante, é uma delícia. Ela deixa a carne mais suculenta e geralmente concentra bem os temperos adicionados. Não é à toa, então, muita gente ama essa parte da carne.

Contudo, há quem diga que a pele de frango faz mal. Será que é verdade? Fomos consultar uma nutricionista:

Componentes da pele de frango

Ela carrega maiores quantidades de gorduras saturadas quando comparada a outras regiões do animal, como o peito. Por isso, alguns especialistas falam que ela pode contribuir para o entupimento das nossas artérias (causado pelo aumento do colesterol no sangue), e também para a obesidade — a molécula de gordura tem mais do que o dobro de calorias (9,5 por grama) do que as moléculas de proteína (4 cal/grama) e de carboidrato (4 cal/grama).

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Mas, afinal, faz mal?

De acordo com a nutricionista Dayse Paravidino, a literatura científica ainda não é unânime a respeito do assunto. Algumas dietas que se baseiam na alimentação dos nossos ancestrais (cardápio paleolítico), por exemplo, não excluem a gordura animal do prato e, mesmo assim, podem promover o emagrecimento.

“Além disso, a gordura animal é estável, e muitos processos bioquímicos do corpo dependem da presença dela para se realizarem”, complementa a profissional. É o caso da produção de hormônios sexuais e também do processo de transporte e armazenamento de vitaminas (A, D, E e K).

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) não fala em proibir o consumo de gorduras saturadas, mas sim, reduzi-lo. E em um pedaço de frango, a pele representa apenas uma pequena fração.

O ideal, então, é analisar caso a caso. “Apesar de semelhantes, não somos metabolicamente todos iguais. Em casos mais específicos, a ajuda de um médico ou de um nutricionista poderá ser útil”, diz a especialista.

E se você não abre mão dessa parte, o segredo é a moderação: exagerar na dose de gordura saturada está sim relacionado ao aumento de peso e ao desenvolvimento de algumas doenças crônicas. Por isso, combine a proteína com folhas e vegetais e evite fritar o alimento (a versão assada é mais saudável!).

Fonte: Dayse Paravidino, nutricionista, membro da Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) e da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil (ASBRANMI).

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