Pelé: entenda o que é o câncer de cólon e seus sintomas
O ex-jogador de futebol Pelé, de 82 anos, está internado desde a última terça-feira (29) no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para uma reavaliação do tratamento quimioterápico do câncer de colón identificado em setembro de 2021.
“Após avaliação médica, o paciente foi levado a um quarto comum, sem necessidade de internação em uma unidade semi-intensiva ou UTI. O ex-jogador está com pleno controle das funções vitais e condição clínica estável”, descreve o boletim médico.
Nas redes sociais, o ex-jogador também se manifestou. “Amigos, eu estou no hospital fazendo minha visita mensal”, escreveu em uma foto homenageando o Catar na Copa do Mundo. Veja agora detalhes sobre o quadro de saúde do Rei do Futebol e as características do doença.
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Além do câncer, Pelé desenvolveu outras condições de saúde
Exames realizados na última quarta-feira (30) apontaram que o Rei do Futebol também está com uma broncopneumonia, isto é, inflamação em estruturas pulmonares como brônquios e alvéolos. A equipe médica que o acompanha já iniciou tratamento com antibióticos para conter a situação. A região é considerada delicada pelos profissionais responsáveis pelo tratamento. Isso porque em janeiro deste ano, além do tumor no cólon (no intestino), o ex-jogador lutava contra um outro no fígado e o início de mais um no pulmão.
Ao dar entrada no hospital, Pelé já recebeu o diagnóstico de anasarca (inchaço generalizado), uma síndrome edemigênica (edema generalizado) e ainda identificou uma “insuficiência cardíaca descompensada”. O ídolo segue tentando se recuperar das três situações.
Pelé também apresenta um quadro de confusão mental, desorientação e comportamento agitado. Por isso, os médicos optaram por passar uma sonda que será responsável pela alimentação do paciente. O procedimento preocupa, pois exige exige sedação.
O que é o câncer de cólon e quais são os sintomas?
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada ano, 41.010 novos casos de câncer de intestino surgem no Brasil. Atualmente, é o segundo tipo de câncer mais comum nas mulheres e o terceiro mais frequente nos homens.
Um estudo publicado no periódico JNCI Cancer Spectrum mostrou que fatores não genéticos estão associados a um aumento do risco de câncer colorretal em pessoas com menos de 50 anos. O abuso da carne vermelha, o baixo consumo de fibras e o uso excessivo do álcool, por exemplo, são alguns deles.
Os sintomas incluem perda de peso, anemia sem causa aparente, alteração do hábito intestinal, sangramento nas fezes, massas abdominais e inchaço na região.
Afinal, como diagnosticar?
No estágio inicial, os pacientes podem não apresentar nenhum sintoma. Por isso, a recomendação é que todos façam exames de prevenção a partir dos 45 anos (ou até antes, em casos de histórico familiar). Há diversos métodos de rastreamento do câncer colorretal, como pesquisa de sangue oculto e até mesmo a procura dessas espécies de bactérias na saliva ou nas fezes das pessoas (ainda em caráter experimental). Mas até o momento, a melhor forma de detecção ainda é a colonoscopia.
Como prevenir o câncer do ex-jogador Pelé
Apesar de não ser possível mudar os fatores genéticos que tornam as pessoas propensas ao câncer colorretal, os riscos podem ser reduzidos com medidas simples, como prevenir a obesidade. Nesse sentido, a melhor maneira de prevenir o câncer de intestino é com bons hábitos de saúde, tais como:
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Não fumar ou diminuir a quantidade de cigarros por dia;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, carne vermelha e embutidos;
- Além disso, ingerir diariamente fibras (25 a 30g), frutas e verduras (2 a 5 xícaras);
- Ter uma dieta rica em vegetais, principalmente hortaliças brássicas (brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas e repolho), que ajudam no desempenho intestinal e evitam inflamações.