Parto normal após cesárea é seguro? Especialista esclarece

Gravidez e maternidade Saúde
11 de Julho, 2023
Parto normal após cesárea é seguro? Especialista esclarece

Engana-se quem pensa que as mamães que irão aumentar a família (e estão esperando o segundo ou o terceiro filho, por exemplo) já sabem de tudo. Isso porque é comum o surgimento de dúvidas específicas em cada gestação. Uma delas diz respeito ao parto normal após o primeiro ter sido cesárea: afinal, é seguro? Confira a seguir:

É possível um parto normal após uma cesárea?

A resposta é sim! Mas de acordo com a médica ginecologista e obstetra Dra Aline Ambrosio, o ideal é tentar o parto normal com um intervalo mínimo de 18 meses entre os nascimentos para que o útero esteja adequadamente cicatrizado. Ou seja, você precisa ter tido o seu primeiro filho há mais de um ano e meio.

No caso de mulheres que já tiveram duas cesáreas, a médica afirma que as chances de rompimento do útero (rotura uterina) aumentam, mas ainda são pequenas. “A literatura aponta que o risco de romper o útero no trabalho de parto, após uma cesárea anterior, é de 0,5 a 1%. Segundo a Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), duas ou mais cesáreas prévias são indicações relativas para novo parto cirúrgico na sequência.”

É claro o obstetra deve analisar cada caso individualmente. Isso porque, para a tomada de decisão, o profissional (juntamente com a paciente) avalia a possibilidade de cesárea levando em consideração não somente o histórico prévio de partos, mas também a saúde da mãe e do bebê, condições médicas, se ela já fez outras cirurgias na região… “Tudo isso é necessário para avaliar os prós e os contras”, complementa a profissional. 

Além disso, na cesárea cuja incisão (corte) foi vertical (a cesárea corporal), muito comum em casos de prematuros e extração de miomas, indica-se a cesárea em partos subsequentes. “Isso porque a cicatriz, área de menor flexibilidade, fica em uma posição no órgão mais sujeita à tensão”, explica a Dra Aline Ambrosio.

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Sempre com supervisão médica

Por fim, é sempre bom ressaltar que apesar de o risco de rotura uterina ser pequeno, a condição pode trazer complicações sérias e até desfechos dramáticos – colocando mulher e criança em risco. Por isso, é imprescindível a presença de um médico durante o parto para tomar todas as medidas necessárias em prol da segurança dos dois.

Fonte: Dra Aline Ambrosio (CRM/SP 83430 e RQE 73285), médica ginecologista e sexóloga.

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