Ozempic afeta o desempenho nos treinos? Médica responde
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Muito se fala sobre os possíveis efeitos colaterais do Ozempic. Há quem experimente sintomas como enjoo e mal-estar, mas será que o Ozempic também afeta o desempenho nos treinos? Fomos consultar uma especialista:
O que é o Ozempic?
Primeiramente, vamos entender melhor como o remédio funciona. A semaglutida (nome científico da molécula) age de forma análoga (isto é, idêntica) ao GLP-1, um hormônio produzido no intestino.
“Ele, por sua vez, atua no hipotálamo, o centro da fome e da saciedade. Além disso, tem efeitos no gasto calórico basal, na glicose sanguínea e na gordura marrom”, explica a médica endocrinologista Dra Elaine Dias.
Dessa forma, o medicamento ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue, diminui o apetite e retarda a digestão, fazendo com que o estômago esvazie lentamente. É por isso que ele é tão usado no tratamento do diabetes tipo 2 e no manejo da obesidade (esta última de forma off label, ou seja, que não consta na bula).
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Mas afinal, Ozempic afeta o desempenho nos treinos?
De acordo com a profissional, não existem evidências científicas apontando que a semaglutida possa piorar diretamente a performance em atividades físicas.
O que acontece, em alguns casos mais pontuais, é o aparecimento de sintomas como enjoo, mal-estar e até fadiga depois da aplicação do remédio. Estes sim podem prejudicar a realização de exercícios, mas é possível diminuí-los com alguns cuidados, indica a médica:
- Beber bastante água antes, durante e depois do treino — para reduzir o enjoo, dê preferência ao líquido gelado;
- Opte por comidas mais leves e evite frituras. Como a semaglutida diminui o esvaziamento gástrico, alimentos “pesados” podem causar náuseas e até vômito;
- Priorize carboidratos antes de malhar (em algumas situações, há a indicação de apostar em um gel de carboidrato durante o exercício, mas isso deve ser conversado com um médico ou nutricionista antes).
“Se o paciente emagrece com o tratamento correto e mantém o seu índice glicêmico adequado, ele acaba melhorando a performance na atividade física.”
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Fonte: Dra Elaine Dias JK, médica endocrinologista e membro ativo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
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