O que é catabolizar? Por que muita gente quer evitar o processo?

Bem-estar Movimento
26 de Setembro, 2022
O que é catabolizar? Por que muita gente quer evitar o processo?

“Eu não tenho medo de ser traído na relação ou demitido no emprego, mas tenho medo de catabolizar”. É com essa piada que o assunto faz sucesso em grupos de alimentação e treino. Contudo, será mesmo que todo mundo sabe o que o catabolismo significa? Confira a seguir:

O que é catabolizar?

Apesar de muito usado por frequentadores de academia para descrever a perda de massa muscular, o catabolismo é mais do que isso: trata-se de um processo natural do metabolismo humano (ou seja, presente no organismo de todos os seres vivos) que tem o objetivo de produzir moléculas mais simples a partir de mais complexas.

Por exemplo: a obtenção de aminoácidos essenciais a partir das proteínas que ingerimos. Normalmente, o catabolismo acontece ainda durante a digestão, na qual o alimento consumido é processado em compostos menores para que estes sejam absorvidos, armazenados corretamente ou até transformados em energia.

Ou seja, por mais que muita gente fale o contrário, catabolizar é essencial para a construção de músculos. Afinal, como conseguiríamos absorver a proteína que comemos sem antes ela ter sido “quebrada” pelo nosso corpo, não é mesmo?

Acontece que esse processo precisa estar em equilíbrio com outro, o anabolismo. Este, por sua vez, faz o caminho inverso: pega moléculas mais simples e as transforma em mais complexas. Nos seres humanos, é nessa fase que acontece a reconstrução e a reparação do tecido muscular, por exemplo.

O problema surge quando o catabolismo é mais frequente que o anabolismo. É sob esse contexto que ele pode causar a perda de massa muscular, muito comentada nas redes sociais. Mas por que será que esse desequilíbrio acontece?

O que é catabolizar: por que acontece?

De acordo com a médica nutróloga Dra Telma Sigolo, do Hospital Albert Sabin, a questão pode estar relacionada a uma série de fatores. “A perda de massa magra geralmente tem ligação com períodos prolongados de jejum ou condições patológicas, como é o caso de pacientes com inflamação crônica (câncer e doenças cardíacas e pulmonares, por exemplo).”

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Além disso, o próprio envelhecimento leva a alterações hormonais que provocam a diminuição dos músculos. Felizmente, é possível adotar alguns hábitos para evitar o incômodo:

Coma com uma certa frequência

A especialista recomenda pelo menos três refeições diárias, mas esse número pode aumentar conforme suas características (idade, sexo, peso, condições existentes…) e rotina.

Respeite o tempo de descanso entre os treinos

Muita gente acha que treinar os mesmos grupos musculares todos os dias faz o crescimento acontecer com mais intensidade. Contudo, não é bem assim que acontece.

Isso porque a hipertrofia ocorre justamente durante o descanso, sem contar que o overtraining (excesso de atividade física) pode gerar fadiga muscular, lesões e até problemas nas articulações.

O que fazer para não catabolizar: beba água

Afinal, nossos músculos concentram grandes quantidades do líquido, essencial tanto para o anabolismo, quanto para o catabolismo.

Preste atenção na qualidade da sua alimentação

“É preciso manter uma oferta adequada de proteínas e carboidratos ao organismo”, afirma a médica. Por outro lado, evitar alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar diminui a inflamação do corpo.

Em algumas situações, pode ser necessária a suplementação de nutrientes — um profissional avaliará adequadamente se esse é seu caso.

Evite exagerar no álcool

O consumo de álcool pode causar o catabolismo muscular, pois ele aumenta a retenção de líquidos e altera a absorção de nutrientes. Sendo assim, ingerir bebidas alcoólicas pode prejudicar quem deseja a hipertrofia.

O que fazer para não catabolizar: durma bem

Por fim, mesmo em meio à correria da rotina, é importante priorizar as horas de sono, pois elas são essenciais para evitar a degradação dos músculos. Além disso, dormir bem ajuda a manter o cortisol (hormônio do estresse) sob controle. Isso é benéfico, pois a alta desse hormônio também prejudica o ganho de massa.

Fonte: Dra Telma Sigolo, médica nutróloga do Hospital Albert Sabin, de São Paulo.

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