Melhor pré-treino: nutricionista dá dicas e ensina como ter mais disposição

Alimentação Bem-estar
23 de Março, 2023
Melhor pré-treino: nutricionista dá dicas e ensina como ter mais disposição

Quando bate o desânimo e a rotina está puxada, muita gente sai em busca do melhor pré-treino para dar conta do esforço. Afinal, o produto tem a fama de conferir mais disposição, energia e pode ajudar na queima de gordura, certo?

No entanto, a solução não está, necessariamente, em um frasco, mas na sua dieta. Ou seja, alimentos e bebidas suas escolhas ao longo e sobretudo antes do treino.

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O melhor pré-treino: veja como melhorar o desempenho no exercício 

Ajuste na dieta e na hidratação

O nutricionista esportivo Diogo Cirico, responsável técnico da Growth Supplements, explica que alguns erros atrapalham o corpo na hora de dar o seu melhor no exercício.

“Reduzir drasticamente a quantidade de calorias não é interessante nem para aqueles que desejam emagrecer ou perder gordura. Afinal, a pessoa não terá disposição para uma rotina de treino intenso”, resume.

Cirico reforça que a água é fundamental para impulsionar o desempenho durante o treino e, como resultado, a hipertrofia e a redução de gordura. “Durante o exercício, a temperatura corporal eleva e a hidratação faz o controle. Quando o indivíduo treina desidratado sente mais dificuldade. Então, sem água você terá menos disposição para treinar, vai cansar mais rápido, se exercitar menos e queimará menos calorias e gordura”, diz.

O consumo adequado de água tem outro benefício: aumentar a aderência à dieta. “Evita aquela confusão em que às vezes o indivíduo acha que está com fome mas na verdade está faltando água. E quando ele pensa que está com fome, acaba comendo sem necessidade”, reforça.

Escolha consciente

Para atingir seus objetivos, explica Cirico, é importante escolher os alimentos com cuidado. Existem diferentes formas de lidar com esse momento que antecede o treino. Contudo, o cenário ideal é fazer uma refeição de 3 a 4 horas antes da atividade física.

“A quantidade de calorias não é a única coisa a ser levada em conta na montagem de um pré-treino. De forma estratégica, podemos inserir nitratos, micronutrientes com ação antioxidantes e anti-inflamatórios. Eles estão presentes nos vegetais e a digestão desses alimentos leva mais tempo”, resume.

Além disso, quem faz treinos de alta intensidade e quer aumentar a massa muscular deve consumir carboidratos e proteínas, as principais fontes de energia do músculo.

“Um prato de macarrão com carne, batatas e frango, pão e ovos, são exemplos de fontes de carboidratos e proteínas. Quem não quer desenvolver o físico, também pode usar as mesmas fontes de carboidrato e proteína, mas em porções menores. Quanto menor a intensidade do exercício, menor a quantidade de carboidratos”, orienta.

Se a meta for queimar gorduras e aumentar a definição muscular, o prato deve ter, necessariamente, proteínas e o carboidrato dos vegetais, que aumentam o efeito de saciedade e o conforto gástrico sem impactar a quantidade de calorias.

Outra estratégia para o melhor pré-treino: adeque seu prato aos horários

O nutricionista explica que o horário do treino interfere na escolha dos alimentos, mas não na necessidade do organismo. “Quem treina pela manhã usará a energia fornecida pelas últimas refeições do dia anterior. Se o treino for à noite, a energia será fornecida pelas refeições do período da tarde”, conta.

Portanto, quem se exercita cedo deve priorizar alimentos de lenta digestão na noite anterior, para reduzir a chance de transformar essa energia consumida em gordura.

“Enquanto pessoas que treinam à noite podem fazer uma refeição na parte da tarde apenas com macarrão e carne, quem se exercita pela manhã deve fazer uma refeição com carne, azeite de oliva extravirgem. Além disso, deve incluir fontes de carboidratos como arroz, feijão, batata, mandioca e muita salada. O azeite entra como fonte de gordura e os vegetais, como fibra. Ambos atrasam o processo digestivo, o que reduz a chance de transformar essa energia em gordura”, explica.

Mais uma dose de energia

Cirico reforça que a refeição nesses moldes é adequada. Entretanto, se ainda assim a pessoa quiser uma dose extra de energia, pode lançar mão do cafezinho. “A cafeína dá uma dose extra de energia, tanto no café, no energético ou em um suplemento, mas é estratégia, não uma necessidade”, reforça.

Atenção também para escolher a refeição após os exercícios. “Enquanto o carboidrato é a fonte de energia para o músculo trabalhar, logo após o exercício a proteína será o nutriente responsável por reparar os danos musculares e estimular a síntese de proteína. Nesse período, o indicado é o consumo de carne, frango, peixe, ovos até mesmo os vegetais ricos em proteína (feijão, lentilha, grão de bico, amendoim). Principalmente para quem pratica treinos intensos”, enumera.

Quem tem um treino voltado à resistência precisará de maior quantidade de vitaminas e minerais para dar um suporte extra ao sistema imunológico. “Nesse caso, uma boa opção é uma proteína, carboidrato e vegetais. A arquitetura do prato após o treino depende diretamente do objetivo do indivíduo e do tipo de treino do tipo de exercício”, finaliza.

 

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