Anvisa aprova medicamento contra Covid-19

Saúde
24 de Fevereiro, 2022
Anvisa aprova medicamento contra Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial e temporário do medicamento Evusheld contra a Covid-19. Produzido pela farmacêutica AstraZeneca, o medicamento deve ser usado como profilaxia pré-exposição, ou seja, em indivíduos que não estão atualmente infectados com a Covid-19 e não tiveram contato com o vírus.

“Considero que a profilaxia pré-exposição pode ser uma arma importante para combater os agravos dos mais vulneráveis que estão em risco de serem hospitalizados e de óbitos, como as pessoas com leucemia, imunodeficiência primária ou adquirida ou aquelas que realizam tratamentos imunossupressores, com as pessoas transplantadas”, destacou Meiruze Sousa Freitas, diretora relatora da Anvisa.

Medicamento contra Covid: para quem é indicado?

Conforme foi relatado pela relatora da Anvisa, a medicação Evusheld é indicada para pacientes imunossuprimidos com 12 anos ou mais, ou seja, que têm comprometimento imunológico moderado a grave. Fazem parte do grupo pessoas que receberam transplante de órgãos, que estão sendo submetidos à quimioterapia ou que fazem tratamento de leucemia. Ele também pode ser usado para quem tem infecção de HIV avançada ou não tratada. Estima-se que cerca de 2% da população brasileira enquadre-se na categoria.

Nesses indivíduos, a produção de anticorpos contra o coronavírus gerada pelas vacinas é menor, pois a atividade do sistema de defesa do corpo está atenuada. Assim, o Evusheld é injetado via intramuscular nos glúteos em duas aplicações. Cerca de seis horas depois, já circula pelo corpo, assegurando o reforço necessário aos pacientes imunossuprimidos.

Anvisa reforça que medicamento não substitui vacinação

O Evusheld também pode ser recomendado para pacientes cuja vacina da Covid-19 não é recomendada devido a um histórico de reação adversa grave. Entretanto, para quem a vacinação é indicada, o medicamento não a substitui. Nesse caso, ele deve ser administrado pelo menos duas semanas após a aplicação do imunizante.

“Não está autorizado como tratamento de Covid-19 ou profilaxia pós-exposição ao vírus. Também não substitui a vacinação em indivíduos para os quais a imunização é recomendada”, afirmou Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa.

Barbara Furtado, líder médica de Vacinas e Portfólio Covid da AstraZeneca no Brasil, afirmou que o medicamento é um complemento da vacina. “As vacinas e o Evusheld são recursos que se complementam na proteção contra a Covid-19 nesse grupo de pacientes”, explica.

Ainda não se sabe se o medicamento estará disponível no Sistema Único de Saúde, já que empresa aguardava liberação para seguir com as tratativas com o governo federal. De qualquer modo, pacientes tratados devem continuar com as medidas de cuidados contra a Covid, como usar máscara, manter isolamento, não compartilhar objetos pessoais e higienizar com frequência as mãos.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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