Idosos e o retorno às academias: Como voltar a treinar com segurança?
A pandemia fez muita gente abandonar as atividades físicas. O que pode ter trazido alguns prejuízos com relação ao condicionamento físico. Por isso, agora que o retorno às academias está acontecendo em maior proporção, é imprescindível tomar alguns cuidados, especialmente no que diz respeito aos idosos. Entenda:
Pandemia e sedentarismo
“Por conta do período de isolamento, muitos alunos 60+ ficaram em casa, pouco ativos ou inativos”, conta a profissional de educação física Carol Santos, que é especialista em cuidados com a faixa etária.
De acordo com ela, o grande problema é que os idosos, quando não fazem exercícios, apresentam uma queda rápida de condicionamento físico, força muscular, equilíbrio e coordenação motora. “Nossa recomendação é que retornem às atividades, contudo, com ajustes de intensidade e de volume de treino.”
Isso porque os benefícios de manter-se ativo na terceira idade são muitos. Como evitar a diminuição de massas óssea e muscular, melhorar a capacidade pulmonar e cardíaca, garantir maior equilíbrio e flexibilidade (evitando, assim, quedas e lesões), equilibrar a pressão arterial e o colesterol, ganhar autoestima e socializar.
Leia também: Atividade física para os idosos: benefícios e exercícios mais indicados
Por isso, confira as dicas da profissional para fazer isso com segurança:
Retorno às academias e idosos: Passo a passo
- Busque realizar uma avaliação médica: Com um check-up geral, você garante que a saúde está em dia;
- Procure um profissional de educação física: Somente um especialista capacitado poderá prescrever um programa de exercícios adequado ao retorno;
- Vá devagar: Pegue leve nas primeiras semanas;
- Tome todos os cuidados de higiene recomendados pela OMS: Assim, use máscaras, abuse do álcool gel, higienize os equipamentos antes e depois de usá-los e leve a sua própria garrafinha;
- Aumente a intensidade dos treinos gradativamente;
- Por fim, lembre-se de focar em exercícios para diferentes objetivos: capacidade cardiorrespiratória, força muscular, mobilidade, flexibilidade e cognição.
Leia também: Superidosos: Como a ciência explica a memória de 50 em um corpo de 80
Fonte: Carol Santos, profissional de educação física e coordenadora dos programas Torq e Bio Master, da Bio Ritmo.