Icterícia: conheça as causas, sintomas e como evitar o “amarelão”
A icterícia, popularmente conhecida como “amarelão”, é um sintoma caracterizado pela cor amarela da pele, das mucosas e dos olhos. É causada pelo acúmulo de pigmentos biliares no organismo. Apesar de ser comum em recém-nascidos, em adultos, é sinal de alguma patologia.
“A icterícia é quando a bile não vai pela via biliar e cai na corrente sanguínea. Existem alguns fatores para que isso possa acontecer. Uma das causas mais comuns são as hepatites, pedra na vesícula e pancreatite, além de alguns tipos de cânceres e tumores”, explica a Dra. Vanessa Prado, médica cirurgiã do aparelho digestivo.
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Sintomas da icterícia em adultos
Os principais sintomas são:
- Olho amarelado, que é uma das principais características;
- Urina amarelada
- Fezes esbranquiçadas
- Pele amarelada
- Coceira.
Ainda de acordo com a especialista, a icterícia não causa dor abdominal. Dessa forma, quem sente esse tipo de dor provavelmente está com pedra na vesícula ou tumor, que podem ter como sintoma a icterícia.
Como diagnosticar?
O diagnóstico da icterícia em adultos é feito com exame físico, ou seja, observação do paciente. Assim, para descobrir a causa, são realizados exames de sangue para ver a função do fígado e pâncreas, além de exames de imagem, como tomografia. Além disso, podem ser necessários exames mais específicos para investigar a via biliar.
Como tratar?
O tratamento depende da causa. Se for hepatite, por exemplo, pode ser feita uma pausa alimentar, tratamento com remédio ou até tratamento cirúrgico, como no caso de pedra na vesícula e tumores.
É possível prevenir a icterícia?
De acordo com a especialista, algumas medidas ajudam a evitar a icterícia:
- Fazer exames de rotina, como o check up médico;
- Manter uma alimentação saudável
- Beber água filtrada
- Evitar tabagismo
- Evitar bebidas alcóolicas, pois podem causar pancreatite, uma das causas do “amarelão”.
Fonte: Dra Vanessa Prado, médica cirurgiã do aparelho digestivo do Hospital Nove de Julho, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Aparelho Digestivo (SBCD) e da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBC).